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Ativista sueca Greta Thunberg escapa de prisão, mas é condenada a pagar multa por protesto

Em seu primeiro julgamento, a ativista climática sueca Greta Thunberg, de 20 anos, escapou de uma sentença de prisão e foi multada na segunda-feira (24) na Suécia por se recusar a obedecer às autoridades durante uma manifestação em meados de junho.

A ativista, de 20 anos, compareceu ao tribunal pouco depois das 11h00 (06h00 no horário de Brasília), sem responder a perguntas da imprensa.
A ativista, de 20 anos, compareceu ao tribunal pouco depois das 11h00 (06h00 no horário de Brasília), sem responder a perguntas da imprensa. via REUTERS - TT NEWS AGENCY
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Ao lado de outros ativistas, a jovem sueca havia bloqueado o acesso ao porto de Malmö no dia 19 de junho. O protesto era  contra a utilização de combustíveis fósseis e os militantes se recusaram a obedecer a ordens da polícia.

"É verdade que estava no local naquele dia e que recebi uma ordem à qual que não dei ouvidos", mas negou qualquer crime, afirmou Greta Thunberg, segundo um fotógrafo da AFP no local. Ela explicou ter agido "por necessidade" diante da emergência climática.

Apesar de a infração poder ser punida com seis meses de prisão – pena raramente pronunciada nesse tipo de processo –, a ativista foi condenada a pagar uma multa de 1.500 coroas suecas (equivalente a quase R$ 700) e mais 1.000 coroas suecas (cerca de R$ 460) de indenização.

Segundo a denúncia, Greta Thunberg "participou de um protesto que interrompeu o trânsito" e "se recusou a obedecer às ordens da polícia para deixar o local".

Nesse dia, ela participou de uma ação junto à organização "Ta tillbaka framtiden", no porto de Malmö, onde as entradas e saídas foram bloqueadas para evitar o tráfego de veículos e caminhões-tanque.

"Estamos escolhendo não ser espectadores e (...) desligando fisicamente a infraestrutura de combustíveis fósseis. Estamos reivindicando o futuro", disse ela em um post no Instagram à época.

Durante o interrogatório com a polícia, Greta Thunberg respondeu com um lacônico "sem comentários" às perguntas feitas pelo investigador, segundo o relatório preliminar da investigação.

Pouco antes de passar por seu primeiro julgamento, na manhã desta segunda-feira, ela também se recusou a responder às perguntas dos repórteres.

"Queime nossas vidas"    

A determinação da ONG "Ta tillbaka framtiden” para lutar contra a indústria de combustíveis fósseis permanece intacta.

"Se o tribunal decidir ver nossa ação (para interromper o tráfego) como um crime, pode fazê-lo, mas sabemos que temos o direito de viver, e a indústria de combustíveis fósseis está bloqueando esse direito", reagiu Irma Kjellström de "Ta tillbaka framtiden", que especifica que, no total, seis ativistas da organização também serão julgados após a ação no porto de Malmö.

 “Nós, jovens, não vamos esperar, mas vamos fazer o possível para acabar com essa indústria que está queimando nossas vidas”, acrescentou, reivindicando o modo de ação de desobediência civil.

Em uma sexta-feira de agosto de 2018, a já ativista Greta Thunberg, na época com 15 anos e completamente desconhecida, sentou-se pela primeira vez em frente ao Parlamento sueco com sua placa "Greve escolar pelo clima".

Em poucos meses, de Berlim a Sydney, de São Francisco a Joanesburgo, os jovens seguiram o exemplo e nasceu o movimento "Fridays for Future".

Além de seus protestos climáticos, Greta Thunberg ataca regularmente políticos e governos por sua inação climática.

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