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Filho do porta-voz do Kremlin diz que serviu nas fileiras do Wagner

Nikolay Peskov, filho do icônico porta-voz de Vladimir Putin, revelou que serviu nas fileiras do Wagner, na região do Donbass, no conflito contra a Ucrânia. Esta é a primeira vez que um parente de um alto funcionário do Kremlin admite publicamente ter participado dos combates, ainda que, para os críticos, essa declaração não prove nada.

Nikolay Peskov, filho do icônico porta-voz de Vladimir Putin, revelou que serviu nas fileiras do Wagner, na região do Donbass, no conflito contra a Ucrânia (imagem ilustrativa).
Nikolay Peskov, filho do icônico porta-voz de Vladimir Putin, revelou que serviu nas fileiras do Wagner, na região do Donbass, no conflito contra a Ucrânia (imagem ilustrativa). REUTERS - IGOR RUSSAK
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Jean-Didier Revoin, correspondente da RFI em Moscou

Foi Evgueni Prigojine quem lançou a informação. O chefe do grupo paramilitar Wagner afirmou que Nikolay, filho de Dmitri Peskov, lutou na região de Luhansk junto à milícia privada por pouco menos de seis meses sob uma identidade falsa. Informação confirmada pelo Nikolay no site Komsomolskaya Pravda, onde ele afirma ter sido sua a decisão de se engajar no grupo, acrescentando que toda sua família o apoiou neste processo.

Ele também reconhece que seu pai, Dmitri, o ajudou a entrar em contato com a milícia e que, após três semanas de treinamento, ele se viu em campo. Nikolay, no entanto, não deu nenhuma indicação de sua localização, mas contou que havia sido condecorado com a medalha de coragem.

Nikolay Peskov agora estaria de licença, e ainda especifica que seu uniforme está bem guardado em um armário, pronto para voltar a servir, caso ele decida se alistar novamente.

O episódio foi suficiente para afastar o boato de que filhos de altos dignitários e oligarcas do Kremlin preferiram fugir do país a servi-lo. Mas as dúvidas permanecem, uma vez que todas essas informações são inverificáveis.

Em setembro passado, Nikolay Peskov, pego por telefone por pessoas próximas ao oponente Alexei Navalny, admitiu que não havia honrado uma convocação de um escritório militar. De acordo com sua própria versão, sabe-se agora que ele preferiu lutar nas fileiras do Wagner.

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