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ONU responsabiliza regime e EI por uso de armas químicas na Síria

Uma investigação conduzida pela ONU e pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) concluiu que as forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, foram responsáveis por dois ataques tóxicos. O grupo Estado Islâmico foi considerado culpado de um terceiro ataque similar na Síria.

Especialistas da ONU durante investigação sobre o uso de armas químicas na Síria, em imagem de 18 de agosto, em Damas.
Especialistas da ONU durante investigação sobre o uso de armas químicas na Síria, em imagem de 18 de agosto, em Damas. REUTERS/Mohamed Abdullah/Files
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Em um relatório divulgado nesta quarta-feira (24), uma comissão de inquérito constituída com a aprovação unânime do Conselho de Segurança da ONU publicou suas conclusões sobre uma pesquisa realizada no ano passado sobre nove ataques realizados em sete regiões da Síria. Um inquérito prévio conduzido pela Organização para a Proibição de Armas Químicas já havia estabelecido que produtos químicos haviam sido provavelmente utilizados nos combates.

Os investigadores concluíram que helicópteros do exército sírio foram responsáveis por dois ataques com cloro em duas cidades na província de Idlib, o primeiro deles em Talmenes, no dia 21 de abril de 2014, e o segundo em Sarmine, em 16 de março de 2015.

A comissão declarou que existem provas suficientes para concluir que os jihadistas do grupo Estado Islâmico também utilizaram gás mostarda com enxofre em Marea, na província de Alepo, em 21 de agosto de 2015. Os investigadores não conseguiram, no entanto, estabelecer a culpabilidade pelo uso de armas químicas em seis outros ataques.

As conclusões deste estudo abrem caminho para sanções internacionais, mas o Conselho de Segurança da ONU deverá ainda aprovar uma nova resolução, segundo a regulamentação da organização.

A questão do uso de armas químicas em combates poderá conduzir a um novo impasse entre os cinco membros permanentes das Nações Unidas, tendo de um lado a Rússia, que apoia militarmente o regime de Bashar al-Assad, além da China, e de outro lado os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.

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