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Conselho de Segurança

Com apoio da Rússia, ONU investigará uso de armas químicas na Síria

Em um raro momento de unanimidade, o Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta sexta-feira (7) uma resolução para investigar os ataques químicos na Síria e determinar seus responsáveis. O presidente Bashar al-Assad já foi várias vezes acusado por Estados Unidos, França e Reino Unido de lançar barris de cloro a partir de helicópteros contra opositores.

Especialistas da ONU recolheram amostras de armas químicas na Síria em 2013.
Especialistas da ONU recolheram amostras de armas químicas na Síria em 2013. REUTERS/Mohamed Abdullah/Files
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Na votação dessas sexta-feira, a Rússia, aliada de Damasco, ficou a favor do texto depois de um acordo sobre o tema entre o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.

A resolução, que foi discutida durante meses, designa um grupo de especialistas para identificar quem está por trás dos ataques e pavimentar o caminho para possíveis sanções ao responsável. A embaixadora americana na ONU, Samantha Power, classificou a aprovação como “um passo necessário”.

Acesso total

Estados Unidos, França e Reino Unido alegam que somente o governo sírio tem helicópteros para realizar este tipo de ataque. Embora tenha aprovado a investigação, a Rússia considera que não há provas sólidas para ligar Damasco aos atos. O grupo de especialistas terá “acesso total” a todos as regiões da Síria e permissão para realizar entrevistas com testemunhas, além de coletar material.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, terá 20 dias para montar a equipe, que deverá apresentar suas primeiras conclusões em três meses. O tempo total do trabalho da força-tarefa investigativa será de um ano.

A guerra civil na Síria já dura cinco anos e fez pelo menos 240 mil vítimas. O conflito está no topo da lista de crises humanitárias acompanhadas pela ONU.

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