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Sexta-feira de atentados deixa pelo menos 60 mortos; países elevam alerta

Com atentados na França, no Kuwait e na Tunísia, a sexta-feira (26) foi sangrenta e deixou um rastro de mais de 60 mortes. No maior deles, na praia de Susse, na Tunísia, 37 pessoas – a maioria turistas – foram assassinadas por um atirador. Os atentados ocorrem três dias após membros do grupo Estado Islâmico conclamarem seus seguidores ao martírio no mês do Ramadã. O grupo assumiu a autoria do atentado no Kuwait, mas, em princípio, não há relação deste com os demais ataques.

Turistas europeus foram mortos no ataque a praia da Tunísia.
Turistas europeus foram mortos no ataque a praia da Tunísia. AFP PHOTO / FETHI BELAID
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Além da Tunísia, um homem foi decapitado no ataque a uma fábrica próxima a Lyon, na França. No Kuwait, um atentado suicida em uma mesquita xiita deixou 25 mortos. "Eu quero deixar claro que existe um elo comum aqui de atividade extremista", afirmou John Kirby, porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos. "Mas não acredito que tenhamos visto qualquer evidência de coordenação tática entre os ataques ou de uma ou qualquer número de organizações terroristas", prosseguiu.

A Casa Branca condenou os ataques, que denominou de "abomináveis". "Nossos pensamentos e orações estão com as vítimas destes ataques abomináveis, seus entes queridos e as pessoas nestes três países", manifestou-se, em comunicado. Assessores afirmaram que o presidente Obama está sendo regularmente informado sobre os três ataques.

Além da França, que já estava em total estado de alerta, Itália e Espanha aumentaram sua vigilância contra possíveis atentados. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, denominou os ataques de "terroristas" e "espantosos" e pediu que os responsáveis sejam "levados à justiça".

Tunísia pede ajuda

O presidente francês, François Hollande, e seu colega tunisiano, Beji Caïd Essebsi, "expressaram sua solidariedade diante do terrorismo e sua intenção de prosseguir e intensificar sua cooperação na luta contra esta praga", durante uma conversa por telefone nesta sexta-feira. O presidente da Tunísia disse no fim da tarde que o país não tem condições de lutar sozinho contra a ameaça terrorista e pediu ajuda internacional.

O Brasil qualificou todos os eventos como "criminosos praticados por extremistas em nome de ideias incompatíveis com as regras mais elementares da convivência e do respeito aos direitos humanos".

Os atentados também chocaram os dirigentes europeus reunidos em Bruxelas para uma cúpula sobre a crise financeira da Grécia. "Nossos corações estão com todas as vítimas destes terríveis atentados terroristas", afirmou o premiê britânico, David Cameron, antes de anunciar uma reunião de crise de seu governo a esse respeito.

(Com informações da AFP).

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