Suspeito de atentado que matou 28 na Tunísia tinha arma no guarda-sol

O suposto assassino da carnificina as areias de Susse, balneário na Tunísia, seria um estudante tunisiano, desconhecido da polícia, segundo autoridades. Pelo menos 28 pessoas foram mortas a tiros nesta sexta-feira (26), diante de dois grandes hotéis de luxo, bastante freqüentados por turistas estrangeiros.

Britânicos, alemães e belgas estão entre as vítimas de ataque na Tunísia. REUTERS/Amine Ben Aziza

Entre as vítimas, há belgas, alemães e britânicos, segundo o ministério da Saúde da Tunísia. De acordo com o presidente francês, François Hollande, ainda não é possível confirmar a presença de franceses entre os mortos.

Segundo testemunhas, o suspeito teria sido abatido pela polícia. “Ele chegou vestido como alguém que vai à praia, com um guarda-sol debaixo do braço. Assim que chegou à praia, começou a abrir fogo”, disse Rafik Chelly, secretário de Estado de assuntos de segurança.

O suposto autor do atentado é um tunisiano, da região de Kairuoan, uma das cidades santas do islamismo, situada no centro do país, acrescentou a autoridade. Por enquanto, apenas uma pessoa seria o autor do atentado, o pior da história recente da Tunísia. Em março passado, um ataque ao museu do Barda na capital Tunis matou 22 pessoas, sendo 21 estrangeiros.

Turismo

A carnificina desta sexta-feira compromete a estratégica indústria do turismo no país. O turismo representa cerca de 7% do PIB e cerca de 400 mil empregos diretos e indiretos. O ataque acontece a poucos dias do início da alta temporada de verão. Em abril, o setor já tinha registrado resultados ruins, por causa do atentado ao museu do Bardo, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico.

As reservas de franceses para as férias do verão europeu baixaram 37% em comparação com o ano passado. “Cada vez que o terrorismo avança, o turismo recua – e quando o turismo recua, a liberdade também”, diz Jean-Pierre Mas, presidente de um organismo que representa todas as agências de turismo da França.