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Tunísia/Terrorismo

Milhares de turistas abandonam a Tunísia após atentado de Sousse

Centenas de turistas estrangeiros se aglomeravam na madrugada deste sábado (27) no aeroporto de Enfidha para abandonar a Tunísia, após o atentado contra um hotel de Sousse, ao sul da capital Túnis. O ataque de sexta-feira (26), o pior da história recente do país, deixou 38 mortos. Até agora, apenas 10 vítimas foram identificadas, a grande maioria de nacionalidade britânica. O grupo Estado Islâmico reivindicou o atentado.

Turistas deixam o hotel Riu Imperial Marhaba, após o atentado que matou 38 pessoas nesta sexta-feira (26).
Turistas deixam o hotel Riu Imperial Marhaba, após o atentado que matou 38 pessoas nesta sexta-feira (26). REUTERS/stringer
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Muitos turistas que estavam na Tunísia decidiram encurtar as férias, após o atentado. Diversos voos saindo do aeroporto Enfidha, na noite de sexta-feira e na manhã de sábado, tinham como destino Londres, Manchester, Amsterdã, Bruxelas e São Petersburgo.

"Temos medo, aqui não é seguro", disse Leon, um jovem do País de Gales, no aeroporto. O ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, informou esta manhã que "todos os franceses que o desejarem serão repatriados". O chanceler pediu que as operadoras de turismo que atuam no país tomem as providências necessárias para o repatriamento.

Até agora, apenas 10 das 38 vítimas fatais do ataque contra a praia do hotel Riu Imperial Marhaba, no Porto de Kantaui, 140 km ao sul de Túnis, foram identificadas. Oito são britânicas, uma belga e uma alemã.

O atentado também fez 30 feridos, alguns em estado grave. Segundo o ministério da Saúde tunisiano, as nacionalidades das vítimas são estabelecidas lentamente, porque a maioria estava na praia ou na piscina no momento do massacre e não carregava documentos de identidade.

Grã-Bretanha em estado de choque

A Grã-Bretanha acordou em estado de choque neste sábado. "Bloody Friday" ou "Massacre na praia", são algumas das manchetes dos jornais britânicos de hoje. O primeiro-ministro, David Cameron, disse hoje ao final de uma reunião de crise que o país "deve se preparar pois provavelmente a grande maioria das vítimas é britânica". Cameron afirmou que os "terroristas tentam nos dividir, mas não vão ganhar. Eles estão é nos unindo e aumentando cada vez mais nossa determinação em vencer os extremismos islâmicos".

Ao se confirmar as nacionalidades das vítimas, esse poderá ser o pior ataque para a Grã-Bretanha, após os atentados-suicidas de julho de 2005, em Londres, que fizeram 56 mortos e mais de 600 feridos.

Reivindicação do grupo EI

O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do atentado. Em comunicado, o grupo escreve que "o soldado do califado (...) Abu Yahya al-Qayrawani (...) conseguiu atingir o alvo no hotel Imperial", matando quase 40 pessoas, "a maioria deles indivíduos de Estados da aliança cruzada que combate o Estado do califado". O texto afirma ainda que o ataque visou "os antros de (...) fornicação, vício e apostasia na cidade de Sousse".

O jovem armado, identificado como Seifeddine Rezgui, um tunisiano originário de Gaafour, atacou o hotel Riu Imperial Marhaba com uma arma que estava escondida no guarda-sol. Segundo o secretário de Estado para questões de segurança da Tunísia, Rafik Chelly, o agressor "seria um estudante sem ficha na polícia". Ele foi abatido pelos policiais.

(com informações da AFP)
 

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