Milhares vão às ruas na Ucrânia em protesto contra governo
A oposição ucraniana covocou uma passeata neste domingo no centro de Kiev, para pedir a demissão do presidente Viktor Ianoukovitch, que se recusou a assinar um acordo de associação com a União Europeia na semana passada em Vilnius, negociado há anos. Mais de cem policiais ficaram feridos durante os protestos.
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Apesar da proibição da Justiça, que proibiu passeatas até o dia sete de janeiro na praça da Independência e outros pontos estratégicos da capital, pelo menos 100 mil pessoas foram às ruas hoje em Kiev.
Mais de cem policiais ficaram feridos durante o protesto.
Os opositores se reuniram na principal praça da capital ucraniana para pedir a demissão do presidente Viktor Ianoukovitch e a convocação de eleições antecipadas.
A polícia jogou bombas de gás lacrimogêneo em manifestantes que usaram um trator para quebrar as barreiras que impediam o acesso ao palácio presidencial.
Os manifestantes também convocaram uma greve geral, a partir deste domingo. "Ficaremos aqui, instalaremos nossas barracas", declarou um um dos líderes da oposição, Oleg Tiagnibok, diante da multidão.
Neste sábado, a ex-primeira ministra Ioulia Timochenko, que cumpre uma pena em regime fechado de sete anos, pediu aos ucranianos que se "unissem contra a ditadura".
Depois da violenta repressão policial à passeata deste sábado, os Estados Unidos pediram ao governo que "respeitasse os direitos da sociedade civil."
Neste domingo, o presidente ucraniano Viktor Ianoukovitch, disse em um comunicado que "faria tudo o que estivesse a seu alcance para acelerar a aproximação entre a Ucrânia e os 28 membros da União Europeia."
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