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Ucrânia/protestos

Oposição ucraniana convoca novo protesto para este domingo

A oposição ucraniana convocou seus partidários para uma nova manifestação neste domingo (01/12), depois da violenta repressão da polícia neste sábado contra uma passeata no centro de Kiev,  em protesto à decisão do governo, que se opõe à assinatura de um acordo de aproximação com o leste e oeste europeu.

Polícia dispersa manifestantes com violência em praça de Kiev
Polícia dispersa manifestantes com violência em praça de Kiev REUTERS/Inna Sokolovska
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A ex-primeira ministra Ioulia Timochenko, que está na prisão, pediu aos ucranianos que se "unissem contra a ditadura" em uma grande manifestação nesse domingo.

A oposição também convocou uma greve geral para pressionar o presidente Viktor Ianoukovitch a deixar o poder. Em um comunicado divulgado neste sábado, ele condenou a repressão policial.

“Não deixem as ruas até o regime cair por meios pacíficos”, disse Timochenko, que cumpre uma pena de sete anos – a União Europeia pediu ao governo que ela fosse libertada.

Os dirigentes da oposição, que se reuniram neste sábado depois de uma semana de manifestações, denunciam um endurecimento do regime e exigem a demissão do presidente, além da convocação de novas eleições presidenciais e legislativas antecipadas.

Segundo o líder do partido Batkivschina, de Timochenko, os chefes da oposição devem se encontrar neste sábado com os embaixadores da União Europeia em Kiev.

Os manifestantes denunciam a decisão do presidente, que se recusou a assinar um acordo de associação com a UE na sexta-feira em Vilnius, que está sendo preparado há meses.

Dispersada de maneira violenta na neste sábado, a passeata teria deixado dezenas de feridos, e pelo menos 35 pessoas foram para o hospital, de acordo com um responsável em Kiev, Anatoli Verchigora.

“Eles bateram em todo mundo, sem distinção, mesmo nas crianças”, contou uma adolescente de 17 anos.

A polícia afirma ter evacuado a praça para preparer as festas de fim de ano, e confirmou a prisão de 31 pessoas. O primeiro-ministro, Mykola Azarov, prometeu a abertura de uma investigação.

Em um comunicado, os Estados Unidos condenaram a violenta repressão da polícia, e pediu que a Ucrânia respeitasse os direitos da sociedade civil.
 

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