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Pilotos ucranianos são treinados no sudoeste da França para pilotar caças F-16

Após meses de negociações, o presidente norte-americano Joe Biden promete enviar armas para Kiev ainda esta semana. O democrata assinou na quarta-feira (24) um vasto plano de assistência militar e econômica dos Estados Unidos à Ucrânia no valor de US$ 61 bilhões. Os aliados europeus, por sua vez, se encarregam de organizar a entrega às forças ucranianas de 45 aviões de combate F-16, caças monomotores fornecidos pela Bélgica, Holanda, Dinamarca e Noruega. Pilotos também serão formados na França.

Aviões F-16 imagem ilustrativa.
Aviões F-16 imagem ilustrativa. © MApN
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Por Franck Alexandre, da RFI

Os primeiros dez pilotos ucranianos a serem treinados na Europa chegam à França, onde vão receber uma formação abrangente de pilotos de caça da Força Aérea do país. Esta formação é realizada numa base no sudoeste francês. Por razões de segurança, as autoridades não especificam qual base acolhe os soldados ucranianos.

Esses pilotos aprendizes têm idades entre 21 e 23 anos. Quatro deles já tinham experiência pilotando aviões, mas os demais nunca sentaram em uma cabine antes.

Treinamento inicial na Grã-Bretanha

Antes de chegarem à França, todos passaram pela Grã-Bretanha, onde receberam uma formação inicial de três meses em inglês, língua de trabalho dos pilotos da Otan. Os primeiros quatro formandos que já tinham experiência aeronáutica chegaram à França no início de março. Eles vão permanecer no país por seis meses e já estão aprendendo a pilotar o Alpha Jet, o avião da Patrouille de France, a patrulha nacional. O modelo já foi muito utilizado para formação de pilotos franceses.

Cerca de trinta aeronaves que seriam retiradas de serviço gradualmente foram mantidas para permitir a aprendizagem dos pilotos ucranianos, sem a utilização dos recursos da base aérea de Cognac que, todos os anos, forma cerca de 30 pilotos de caça franceses.

Em apenas seis meses na base francesa, esses aviadores iniciantes aprenderão todos os fundamentos da profissão: combate aéreo aproximado, combate à distância com uso de radar, ataque ao solo; ou seja, 80 horas de vôo e cinquenta missões em simulador por piloto.

O treinamento é duas vezes mais curto do que um curso na Força Aérea, mas Kiev não teve escolha: sua Força Aérea, seriamente danificada desde o início da guerra, precisa ser reconstruída o mais rapidamente possível.

Os aviões F-16 deverão ser entregues no verão nos próximos meses. No final da formação na França, os pilotos ucranianos irão pilotar estas aeronaves, mas noutro país, possivelmente na Romênia, para uma adaptação de quatro meses. As primeiras patrulhas devem acontecer no final de 2024.

Os F-16 serão capazes de mudar o curso da guerra?

O equipamento por si só não muda o curso de uma guerra, mas mesmo assim, com o F-16, a Força Aérea ucraniana entrará plenamente na modernidade. Com esta aeronave projetada para superioridade aérea, os ucranianos poderão desafiar os caças russos.

Armados com mísseis ar-ar e mísseis de cruzeiro Scalp, eles poderão representar uma ameaça ao sistema russo. A entrega dos F-16 gerará incerteza no adversário, o que, em termos militares, pode ser chamado de "mudança de jogo".

(com AFP)

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