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Síria/violência

Tunísia propõe exílio de Bashar al-Assad na Rússia

O presidente da Tunísia Moncef Marzouki pediu nesta sexta-feira a criação de uma "força árabe" na Síria e propôs um eventual exílio do presidente Bashar al-Assad na Rússia. As propostas foram feitas durante a abertura da Confererência em Túnis, nesta sexta-feira, que visa encontrar soluções para o conflito na Síria.

Polícia faz a segurança da na porta da embaixada síria na Tunísia.
Polícia faz a segurança da na porta da embaixada síria na Tunísia. Foto: Reuters
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Segundo o presidente tunisiano, a situação na Síria exige uma intervenção da Liga Árabe, com a instauração de uma força "para preservar a paz e a segurança, e para acompanhar os esforços diplomáticos que serão feitos para convencer Bashar al-Assad a deixar o poder", declarou. Marzouki também pediu que o presidente e sua família tenham direito à imunidade judiciária, e sugeriu um eventual exílio na Rússia. Os russos e chineses, que votaram contra a resolução condenando a Síria no Conselho de Segurança da ONU, boicotaram o encontro.

Segundo o projeto de declaração final que vazou para a imprensa, a comunidade internacional fará um apelo para o cessar fogo, e o acesso de ajuda humanitária à população. O chanceler francês, Alain Juppé, propõe a criação de corredores humanitários. A comunidade internacional também não descarta a criação de zonas de segurança nas fronteiras do país.O porta-voz do Conselho Nacional Sírio, Basma Kodmani, sugeriu a abertura de passagens no Líbano, Jordânia e Turquia.

Uma das maiores preocupações é a situação em Homs, sitiada há três semanas, onde centenas de pessoas morreram. Só nesta sexta-feira, 39 pessoas sucumbiram aos ataques. A proposta feita pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que prevê uma trégua diária de algumas horas, também não foi descartada.

A declaração também deve condenar a repressão no país e apoiar o plano da Liga Árabe, que propõe uma transição democrática na Síria. A iniciativa foi aprovada durante a Assembleia Geral da ONU, no dia 16 de fevereiro. Na reunião, a comunidade internacional também poderá reconhecer o Conselho Nacional Sírio como representante legítimo da população. Segundo a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, o Conselho oferece uma alternativa ao regime deAssad. A França também sugeriu um reforço das sanções contra a Síria.

O chefe da diplomacia tunisiana, Rafik Abdessalem, declarou que objetivo da  comunidade internacional é transmitir uma mensagem "de peso e clara" ao presidente sírio. Nesta quinta-feira, o ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan foi nomeado emissário das Nações Unidas e da Liga Árabe sobre a crise na Síria, e é uma das apostas da comunidade internacional para discutir uma saída pacífica para a violência no país. Em Damasco, a TV estatal síria qualificou os países reunidos na conferência de inimigos da Síria.
 

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