Forças do ditador sírio fazem novo bombardeio em Homs

A repressão do governo sírio aos seus opositores não dá trégua. Em Homs, símbolo da resistência popular contra o regime, bombadeios na manhã de hoje das forças governamentais mataram pelo menos 47 civis de acordo com o Observatório Sírio de Defesa dos Direitos Humanos. Segundo militantes, a energia elétrica foi restabelecida parcialmente permitindo o contato com moradores em vários bairros da cidade.

População de Marat al-Numan marca presença em funeral de mais três civis sírios mortos durante protestos contra o regime de Bashar al-Assad. REUTERS/Handout

Essa nova ofensiva acontece um dia depois da visita do ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, a Damasco. Após encontro com o presidente Bashar al-Assad, Lavrov afirmou que o líder sírio prometeu por fim à violência, seja "de onde ela vier". O chanceler garantiu ainda que Damasco vai anunciar em breve um referendo sobre a Constituição do país.

A comunidade internacional recebeu com muito ceticismo as promessas feitas pelo presidente da Síria. Hoje, em Moscou, Lavrov disse que cabe ao povo sírio definir o futuro político de al-Assad.

A televisão estatal síria informou hoje que "grupos terroristas armados" bombardearam a refinaria de Homs, incendiando dois depósitos de combustível. O fogo foi debelado. No centro da Síria, a refinaria de Homs é a segunda maior do país depois de Banias, na região noroeste.

Desde o início da insurreição popular contra o ditador sírio, há quase um ano, vários incidentes aconteceram em depósitos de petróleo. O regime acusa sistematicamente "grupos armados" pelos ataques, mas opositores acusam as autoridades de estar por trás dos incidentes.

Há cinco dias Homs é alvo de uma violenta ofensiva militar do regime contra os bairros dominados pelos rebeldes.