Praça Tahrir é palco de novos confrontos no Cairo
O sábado foi marcado por violentos confrontos durante uma manifestação na praça Tahir, centro da mobilização contra o governo, no centro do Cairo. O protesto havia sido organizado por egípcios feridos durante a revolta popular que resultou na queda do presidente Hosni Moubarak, em fevereiro. Pelo menos 5 ativistas foram detidos.
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Os confrontos começaram logo pela manhã e se intensificaram durante a tarde, com a ofensiva da polícia, que usou gás lacrimogêneo e atirou contra os manifestantes com balas de borracha. Centenas de pessoas revidaram atirando pedras e objetos contra as forças de ordem. Um caminhão da polícia foi atacado e incendiado.
No início da tarde um responsável pela segurança do Cairo informou que dezenas de pessoas haviam sido feridas e que vários manifestantes foram presos. De acordo com as últimas informações divulgadas, pelo menos 5 ativistas haviam sido detidos.
O protesto na praça Tahrir, símbolo da queda de Hosni Moubarak, começou há alguns dias, quando os manifestantes decidiram pedir o julgamento dos policiais e dirigentes responsáveis pelos atos violentos durante a revolução de fevereiro. O ex-presidente, assim como seu ministro do interior e alguns responsáveis pela segurança egípcia já estão sendo julgados por terem ordenado o ataque da polícia contra os manifestantes em fevereiro.
Na sexta-feira dezenas de milhares de pessoas que organizavam uma passeata pedindo que o poder seja transferido para um governo civil se uniram aos ativistas da praça Tahrir. As primeiras eleições legislativas desde a queda de Moubarak estão previstas para começar em 28 de novembro e devem durar pelo menos quatro meses.
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