Ex-presidente egípcio volta ao tribunal deitado em uma maca
O julgamento de Hosni Mubarak foi retomado nesta segunda-feira no Cairo. Como na primeira audiência, o ex-presidente compareceu ao tribunal deitado em uma maca. O ditador é acusado de corrupção e apontado como responsável pela morte de manifestantes durante os protestos que resultaram em sua queda, em fevereiro deste ano. O ex-líder pode ser condenado à pena de morte.
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O ex-presidente voltou ao banco dos réus ao lado do ex-ministro do Interior egípcio, Habib al Adli, seis ex-comandantes da polícia e de seus dois filhos, Alaa et Gamal. Mubarak, de 83 anos, chegou novamente ao Tribunal do Cairo sobre uma maca de hospital, como na primeira audiência há duas semanas, quando assistiu à sessão deitado dentro de uma jaula. A imagem foi transmitida ao vivo pela televisão e acompanhada por milhares de egípcios.
O ex-ditador é acusado de corrupção e de promover a morte de manifestantes civis durante os protestos contra o seu governo em fevereiro. O episódio resultou na renúncia de Mubarak após 18 dias de confrontos nas ruas de várias cidades egípcias. Mais de 850 pessoas foram mortas pelo regime e milhares ficaram feridas. Dezenas de advogados representam as vítimas no tribunal, e a defesa de Mubarak pediu ao juiz que chamasse 1600 testemunhas para depor a favor do ex-presidente, incluindo altos oficiais militares.
Hosni Mubarak é o primeiro líder da região a enfrentar um processo penal desde o início da chamada primavera árabe, as revoltas populares que começaram em dezembro no norte do continente Africano. Se for considerado culpado, o ex-presidente poderá ser condenado à pena de morte.
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