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Ricos e multinacionais são alvo de novo plano francês de combate à fraude fiscal

Os jornais franceses desta quarta-feira (10) destacam o plano do presidente francês, Emmanuel Macron, de combate à fraude fiscal. Para o jornal Le Monde, esta é uma "tentativa de responder ao sentimento de injustiça" que reina no país.

O ministro da Economia, Finanças, Indústria e Segurança Digital da França, Bruno Le Maire (d), e o vice-ministro das Contas Públicas, Gabriel Attal (e).
O ministro da Economia, Finanças, Indústria e Segurança Digital da França, Bruno Le Maire (d), e o vice-ministro das Contas Públicas, Gabriel Attal (e). © REUTERS/Benoit Tessier
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Em entrevista ao diário, o ministro das Contas Públicas, Gabriel Attal explica que a "França taxa mais do que seus vizinhos" europeus e "não é um paraíso fiscal", mas que "a prioridade é fazer os ultrarricos e multinacionais que fraudam pagarem o que devem".

O objetivo, diz, "é aliviar a pressão sobre a classe média e as pequenas empresas" que "fazem girar a economia." Attal prevê sanções para os fraudadores que, segundo diferentes estimativas, podem deixar de recolher entre € 30 e 100 bilhões aos cofres públicos.

O Le Parisien destaca que a luta contra a fraude fiscal permitiu ao governo "recuperar, em média, € 9 bilhões por ano, entre 2017 e 2021", ou seja, € 45 bilhões durante os primeiros cinco anos de Emmanuel Macron na presidência. 

Delito específico

O número de controles fiscais será intensificado em 25% até o fim do mandato e o foco é nos contribuintes com muitos bens. Cerca de 1500 funcionários trabalharão em tempo integral na luta contra a sonegação fiscal, segundo o plano revelado nesta terça-feira (9).  

Um delito específico de "incitação à fraude" será criado para punir o "uso de ferramentas jurídicas e financeiras destinadas a dissimular ganhos ou patrimônio", detalha o jornal. 

O Libération destaca um "reforço sem precedentes", com um "grande plano de investimentos de € 100 milhões em meios de investigação econômica e financeira" e a contratação de "funcionários de elite". Para o jornal, no entanto, trata-se apenas de repor os "mais de 3.000 empregos que foram extintos desde os anos 2000 nos serviços de controle". 

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