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Surto de varíola dos macacos diminui na Europa e doença pode ser eliminada no continente, diz OMS

O surto de varíola dos macacos diminuiu seu ritmo na Europa, de acordo com Hans Kluge, diretor regional para a Europa da Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta terça-feira (30). As contaminações e a circulação do vírus responsável pela doença poderiam ser controladas e até eliminadas se a luta contra a doença for intensificada.

Frasco de vacina contra a varíola que tem aproximadamente 85% de eficácia contra a varíola dos macacos.
Frasco de vacina contra a varíola que tem aproximadamente 85% de eficácia contra a varíola dos macacos. © AP - Richard Vogel
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“Há indícios encorajadores que sugerem que o surto epidêmico está desacelerando principalmente na França, Alemanha, Portugal, Espanha, Reino Unido e em outros países”, insistiu Kluge durante uma coletiva.

“Nós achamos que é possível eliminar a transmissão entre humanos da varíola dos macacos na Europa”, garantiu prevenindo que para isso era necessário “aumentar imediatamente nossos esforços” e destinar os recursos necessáros à luta contra a propagação do vírus.

Para alcançar este objetivo, o escritório reginal para a Europa da OMS publicou na semana passada uma série de recomendações sobre a luta contra a epidemia. A organização insiste sobre medidas de vigilância e isolamento dos casos, identificação de contatos, sensibilização das populações mais expostas (principalmente da comunidade homossexual masculina e trabalhadores do sexo). Estas medidas completam as campanhas de vacinação orientadas preventivas.

De acordo com a OMS, as abordagens devem ser simultâneas para garantir a eficácia da luta contra o vírus, “já que nenhuma delas isoladamente conseguirá eliminar a doença”.

Isolamento e informação

Segundo Catherine Smallwood, uma das responsáveis pela gestão do surto de varíola dos macados no escritório europeu da OMS, a diminuição recente das contaminações em vários países europeus poderia ser explicada pela detecção e isolamento precoce dos doentes, e por mudanças de comportamento da população mais exposta, graças à informação.

A ação em diferentes níveis é necessária porque o estoque mundial de vacinas ainda é limitado e os imunizantes utilizados são destinados à varíola comum.

A segurança da vacina foi comprovada e a eficácia na prevenção da infecção pelo vírus da varíola dos macacos não é conhecida com precisão, mas pode ser superior a 85%.

De acordo com a OMS – que declarou em meados de julho que o surto epidêmico de varíola dos macacos, que começou em maio, constituía uma “urgência de saúde pública de alcance internacional” – mais de 47.750 casos foram identificados em quase 100 países.

Em apenas alguns países da África a doença existe de forma endêmica. Na região Europa da OMS, que cobre 53 países incluindo Rússia e alguns países da Ásia, tem 22.000 casos confirmados repartidos em 43 países e territórios.

(Com informações da AFP)

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