Acessar o conteúdo principal

Varíola dos macacos: Agência Europeia autoriza nova técnica de injeção da vacina

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) autorizou nesta sexta-feira (19) uma nova técnica de injeção da vacina contra a varíola dos macacos, que permitirá imunizar mais pessoas com uma dose menor e, assim, evitar uma possível escassez do imunizante.

Uma mulher espera por uma dose de vacina contra a varíola no Centro de Vacinação Municipal de Edison, em Paris, em 27 de julho de 2022.
Uma mulher espera por uma dose de vacina contra a varíola no Centro de Vacinação Municipal de Edison, em Paris, em 27 de julho de 2022. AFP - ALAIN JOCARD
Publicidade

Os países europeus agora podem administrar a vacina Imvanex logo abaixo da camada superior da pele (intradérmica) e não mais profundamente (subcutânea), como é o caso atualmente e, com isso, usarem apenas um quinto da dose, afirmou a EMA em comunicado.

O órgão de vigilância sanitária afirmou nesta sexta-feira que sua força-tarefa de emergência descobriu que, "quando administrada por via intradérmica, uma dose menor da vacina pode ser suficiente". Uma forma de lutar contra a oferta atualmente limitada de vacina e, assim, permitir que mais pessoas sejam imunizadas, acrescentou a EMA.

O grupo de trabalho estudou dados de um ensaio clínico envolvendo aproximadamente 500 adultos e comparando os dois tipos de injeção. "As pessoas que receberam a vacina por via intradérmica receberam um quinto (0,1 ml) da dose por via subcutânea (0,5 ml), mas produziram níveis de anticorpos semelhantes aos das pessoas que receberam a dose subcutânea mais elevada ", explicou a EMA.

Essa técnica produz a mesma imunidade, mas, por outro lado, o risco de irritação da pele é maior, alertou o órgão de vigilância baseado em Amsterdã.

"As autoridades nacionais podem decidir, como medida temporária, usar Imvanex por injeção intradérmica em uma dose mais baixa para proteger aquelas pessoas mais vulneráveis durante o atual surto de varíola, enquanto o suprimento de vacina permanece limitado", informou a EMA.

A comissária europeia de Saúde Stella Kyriakides sublinhou que esta autorização foi uma "decisão extremamente importante porque permite vacinar cinco vezes mais pessoas com os estoques de vacinas que temos atualmente". "Isso garante melhor acesso à vacinação para pessoas em risco e profissionais de Saúde", acrescentou ela em comunicado.

Mais acesso à vacina

Anteriormente limitada à África Central e Ocidental, a varíola dos macacos se espalhou desde maio para outras partes do mundo, incluindo Europa e Estados Unidos.

Desenvolvida pelo grupo dinamarquês Bavarian Nordic, a vacina Imvanex foi originalmente aprovada para combater a varíola, declarada erradicada mundialmente desde 1980. Estudos posteriores mostraram que esta vacina também era muito eficaz contra a varíola dos macacos, que é menos virulenta.

Devido à semelhança dos dois vírus, as autoridades de Saúde europeias aprovaram a extensão de seu uso em 22 de julho, especificando que a injeção deve ser subcutânea, portanto mais profunda. Esta decisão desencadeou uma corrida global por esta vacina agora apenas autorizada contra esta doença.

A Bavarian Nordic informou que está considerando parcerias com outras empresas para "aumentar ainda mais a capacidade de produção e melhorar o acesso global à vacina".

(Com informações da AFP)

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.