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Tribunal do Reino Unido rejeita recursos contra expulsões de migrantes para Ruanda

Várias pessoas deverão ser deportadas para Ruanda na terça-feira (14) como parte da polêmica política do primeiro-ministro britânico de enviar de volta os migrantes que chegaram ilegalmente ao Reino Unido.

Manifestantes erguem cartazes ao lado do aeroporto de Gatwick, sul de Londres, em 12 de junho de 2022, para protestar contra a intenção do governo britânico de deportar os requerentes de asilo para Ruanda.
Manifestantes erguem cartazes ao lado do aeroporto de Gatwick, sul de Londres, em 12 de junho de 2022, para protestar contra a intenção do governo britânico de deportar os requerentes de asilo para Ruanda. AFP - NIKLAS HALLE'N
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Na véspera das primeiras deportações programadas, os tribunais britânicos rejeitaram, nesta segunda-feira (13), os recursos de última hora contra o controverso plano do governo de enviar migrantes que chegaram ilegalmente ao Reino Unido para Ruanda.

Um primeiro vôo de cerca de 30 pessoas deverá partir amanhã. "O recurso é indeferido", disse o juiz do Tribunal de Apelação em Londres, que foi solicitado a decidir contra o plano do governo conservador de Boris Johnson, criado para "desencorajar o surgimento de travessias ilegais do Canal da Mancha".

A política da ministra do Interior britânica, Priti Patel, é altamente controversa no país. Várias manifestações foram realizadas para protestar contra o retorno de migrantes a Ruanda. O príncipe Charles, que não costuma comentar a política do governo, denunciou há alguns dias "uma política terrível", de acordo com o TheTimes

"Não está certo de forma alguma".

Mas enquanto as ONGs não conseguiram proibir a medida, os vários protestos lançados em paralelo tiveram o efeito de reduzir significativamente o tamanho do primeiro vôo, que deve decolar amanhã e é provável que esteja quase vazio.

"Vinte e três pessoas tiveram suas passagens para Ruanda canceladas. Oito ainda deverão partir amanhã", disse nesta segunda-feira a Care4Calais, uma das organizações que haviam tomado medidas legais para "deter este projeto cruel e bárbaro".

Por sua vez, o alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, condenou veementemente o plano do governo britânico de enviar migrantes que chegaram ilegalmente ao Reino Unido para Ruanda. "Isto é errado, este acordo é errado por muitas razões diferentes", disse Grandi em uma coletiva de imprensa em Genebra, na véspera das primeiras partidas planejadas.

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