Tribunal do Reino Unido rejeita recursos contra expulsões de migrantes para Ruanda
Várias pessoas deverão ser deportadas para Ruanda na terça-feira (14) como parte da polêmica política do primeiro-ministro britânico de enviar de volta os migrantes que chegaram ilegalmente ao Reino Unido.
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Na véspera das primeiras deportações programadas, os tribunais britânicos rejeitaram, nesta segunda-feira (13), os recursos de última hora contra o controverso plano do governo de enviar migrantes que chegaram ilegalmente ao Reino Unido para Ruanda.
Um primeiro vôo de cerca de 30 pessoas deverá partir amanhã. "O recurso é indeferido", disse o juiz do Tribunal de Apelação em Londres, que foi solicitado a decidir contra o plano do governo conservador de Boris Johnson, criado para "desencorajar o surgimento de travessias ilegais do Canal da Mancha".
A política da ministra do Interior britânica, Priti Patel, é altamente controversa no país. Várias manifestações foram realizadas para protestar contra o retorno de migrantes a Ruanda. O príncipe Charles, que não costuma comentar a política do governo, denunciou há alguns dias "uma política terrível", de acordo com o TheTimes.
"Não está certo de forma alguma".
Mas enquanto as ONGs não conseguiram proibir a medida, os vários protestos lançados em paralelo tiveram o efeito de reduzir significativamente o tamanho do primeiro vôo, que deve decolar amanhã e é provável que esteja quase vazio.
"Vinte e três pessoas tiveram suas passagens para Ruanda canceladas. Oito ainda deverão partir amanhã", disse nesta segunda-feira a Care4Calais, uma das organizações que haviam tomado medidas legais para "deter este projeto cruel e bárbaro".
Por sua vez, o alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, condenou veementemente o plano do governo britânico de enviar migrantes que chegaram ilegalmente ao Reino Unido para Ruanda. "Isto é errado, este acordo é errado por muitas razões diferentes", disse Grandi em uma coletiva de imprensa em Genebra, na véspera das primeiras partidas planejadas.
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