Reino Unido apoia Itália após expulsão de diplomatas russos por acusações de espionagem
O Reino Unido denunciou nesta quarta-feira (31) as ações que considera “desestabilizantes” da Rússia, após a expulsão pela Itália de dois funcionários da embaixada russa em Roma acusados de envolvimento em um caso de espionagem entre os dois países.
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“O Reino Unido apoia a Itália e as medidas tomadas hoje para expôr e agir contra as atividades mal-intencionadas e desestabilizadoras da Rússia com o objetivo de minar nossa aliada na Otan”, declarou o chefe da diplomacia britânica Dominc Raab no Twitter.
A expulsão dos diplomatas russos foi informada por meio de um comunicado divulgado em redes sociais. "Convocamos o embaixador russo na Itália e comunicamos o firme protesto do governo italiano. Notificamos a expulsão imediata de dois funcionários russos envolvidos neste grave assunto", escreveu no Facebook o chanceler italiano Luigi Di Maio.
O ministro se referia à detenção de um oficial da Marinha italiana, que foi surpreendido quando entregava documentos confidenciais a um militar russo.
O oficial italiano, um capitão de fragata, foi detido em flagrante delito de espionagem a favor da Rússia durante uma "reunião clandestina" com um cidadão russo na terça-feira (30) à noite em Roma.
A operação aconteceu sob a supervisão do serviço italiano de inteligência e o Estado-Maior de Defesa, segundo as forças de segurança. O cidadão russo foi identificado como um militar da embaixada de Moscou em Roma e não foi oficialmente detido por sua condição de diplomata.
"Esperamos que o caráter positivo e construtivo de nossas relações permaneça e seja preservado", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. Ele disse ainda que a presidência russa "não dispõe de nenhuma informação sobre as causas e circunstâncias" do caso.
Tensão
O escândalo acontece em um momento delicado para as relações entre Rússia e Europa, tensas pela detenção do opositor Alexei Navalny e outros casos de espionagem.
Moscou acusa a União Europeia de ter uma "posição de conflito", enquanto a UE culpa a Rússia por violação aos direitos humanos, assim como por frequentes "ataques cibernéticos" contra seus Estados membros.
(Com informações da AFP)
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