Imprensa alemã ridiculariza Merkel por ter minimizado espionagem americana
A chanceler alemã, Angela Merkel, ligou nesta quarta-feira para o presidente norte-americano, Barack Obama, para reclamar e pedir explicações. Ela teria sido monitorada pelo serviço secreto dos Estados Unidos. Hoje, a imprensa alemã ridiculariza a chanceler, que minimizou o caso quando os primeiros indícios de espionagem americana foram vazados pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden.
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O governo alemão teria informações de que o celular da chefe de governo alemã possivelmente foi grampeado pelos agentes americanos, como teria ocorrido com a presidente brasileira Dilma Rousseff.
O porta-voz do governo americano, Jay Carney, afirmou em Washington que os Estados Unidos não monitoram nem monitorarão a comunicação da chanceler alemã. A imprensa alemã chama a atenção para um detalhe: o governo dos Estados Unidos se refere explicitamente ao presente e ao futuro, mas se recusa a confirmar ou desmentir se realmente houve, no passado, um grampeamento das comunicações de Merkel.
O porta-voz do governo alemão disse, em comunicado, que Berlim considera a prática inaceitável e que, se a notícia realmente for confirmada, isso significará uma “grave violação da confiança” existente entre os dois governos. A chanceler Angela Merkel, está sendo agora alvo de críticas na mídia alemã, por não ter reagido de forma firme quando soube dos primeiros indícios de espionagem americana contra cidadãos alemães. Em entrevista à TV alemã em julho, Merkel chegou a minimizar o escândalo, dizendo que não tinha conhecimento de ter sido espionada pelos Estados Unidos.
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