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Espanha/Crise

Rajoy diz ter evitado o "naufrágio" econômico da Espanha

O chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, afirmou que conseguiu segurar o déficit público do país abaixo de 7% do PIB, em 2012. Segundo o primeiro-ministro, o "naufrágio" da Espanha foi evitado, mas outras medidas e reformas estão previstas para 2013, como o estímulo à contratação dos jovens. Em discurso diante de parlamentares,o primeiro-ministro não poupou palavras para salientar os esforços feitos nos últimos meses para salvar a economia espanhola. 

Primeiro-ministro Mariano Rajoy discursa diante de deputados espanhóis nesta quarta(20).
Primeiro-ministro Mariano Rajoy discursa diante de deputados espanhóis nesta quarta(20). REUTERS/Sergio Perez
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As medidas históricas de austeridade econômica, tomadas pelo governo desde o fim de 2011 com o objetivo de relançar a economia da Espanha, "foram impostas pela ruína que ameaçava a economia , mas permitiram que os espanhóis escapassem de um desastre", anunciou Mariano Rajoy diante dos deputados, na abertura do debate parlamentar sobre o estado da nação.

"Agora, começamos a ver um caminho para o futuro", afirmou o líder do governo, que também admitiu que o caminho a ser percorrido pelo país ainda será longo e difícil. Ele também reconheceu que a Espanha vive uma "realidade social terrivelmente dura". Rajoy anunciou que o déficit público de 2012 ficará abaixo de 7% do PIB, enquanto que em 2011, o índice atingiu os 9,4%. Entretanto, o índice negociado pela União Europeia a todos os seus países membros é de 6,3%. Especialistas mais pessimistas previam que o déficit público da Espanha seria ainda pior, já que a quarta economia da zona do euro amarga a recessão desde o fim de 2011.

Depois do plano de austeridade que permitirá uma economia de 150 bilhões de euros ( mais de 300 bilhões de reais) aos cofres públicos espanhóis, Rajoy anunciou que o governo pretende iniciar uma "segunda geração de reformas", com o objetivo de estimular a geração de empregos e a criação de pequenas e médias empresas.

As reformas visam principalmente à criação de emprego para os jovens, em um país onde a taxa de desemprego entre os jovens de 16 a 24 anos, ultrapassa os 55%. Para isso, Mariano Rajoy, anunciou que o governo incentivará, por meio de incentivos fiscais, a contratação de jovens, nas pequenas e médias empresas. O novo pacote de medidas também prevê a redução dos impostos ligados ao consumo a partir de 2014, com o intuito de auxiliar as pequenas empresas. Além disso, o governo Rajoy pretende facilitar o acesso das empresas ao financiamento, cujo montante previsto chegaria aos 45 bilhões de euros (mais de 100 bilhões de reais).

As primeiras medidas de austeridade tomadas pela Espanha, como a alta de impostos, aumento nos cortes dos gastos públicos e a redução do seguro-desemprego, foram recebidas com críticas pela sociedade espanhola e por analistas, que temiam que, apesar do rigor, o esforço não seria suficiente para evitar mais um desastre econômico. A Espanha está mergulhada na recessão desde o último trimestre de 2011, pela segunda vez, desde a explosão da crise imobiliária de 2008. Em 2013, o governo espanhol prevê um recuo do PIB de 0,5%, antes da retomada do crescimento, estimada para o primeiro semestre de 2014. "Nós temos que ser pacientes, pois o terreno sobre o qual nós caminhamos é extremamente complexo", afirmou Mariano Rajoy.

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