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Fifa/CBF/Corrupção

Acusado de corrupção na Fifa, José Maria Marín é extraditado da Suiça para os EUA

José Maria Marín, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), foi extraditado nesta terça-feira (3) da Suíça para os Estados Unidos. O cartola é o último dos sete dirigentes do alto escalão da Fifa, acusados de envolvimento do escândalo de corrupção da federação, a deixar a Europa para ser julgado pelas autoridades norte-americanas.

José Maria Marín ficou preso durante cinco meses na Suiça antes de ser extraditado para a Suiça.
José Maria Marín ficou preso durante cinco meses na Suiça antes de ser extraditado para a Suiça. Tomaz Silva/Agência Brasil – 17/07/2014
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Deborah Berlinck, correspondente da RFI em Genebra

Marín embarcou para Nova York, mas os detalhes sobre o voo não foram revelados. O governo suíço confirmou a extradição, mas manteve o sigilo da missão e divulgou apenas que o brasileiro viajou em classe econômica, acompanhado por dois policiais norte-americanos.

A previsão era que o ex-presidente da CBF sairia do voo e iria em imediatamente para a delegacia. Em seguida, Marín deve ir a um tribunal nova-iorquino para ser interrogado por um juiz, e deve se declarar inocente. Enquanto responde às acusações, o brasileiro vai ficar em prisão domiciliar no seu apartamento na 5ª avenida, em Nova Iorque.

Marín é acusado pela justiça dos Estados Unidos de ter recebido “milhões de dólares em propina” num esquema de corrupção que se arrastou durante anos. Segundo os norte-americanos, ele estaria por trás de desvios de dinheiro de vendas de direitos de transmissão de vários campeonatos, como as Copas América de 2015, 2016, 2019 e 2012, além da Copa do Brasil entre 2013 e 2022.

Marín ficou preso cinco meses na Suiça

A extradição do brasileiro colocou um fim a cinco meses de prisão na Suíça. Aos 83 anos, o ex-presidente da CBF foi detido com outros seis cartolas da Fifa numa operação policial na véspera do congresso da entidade, em Zurique.

Além de Marín, apenas Jeffrey Webb, ex-presidente da Concacaf e vice-presidente da Fifa, aceitaram a extradição. A Suíça extraditou Webb para os EUA no dia 15 de julho.

Com idade avançada e cansado, a possibilidade da prisão domiciliar em Nova Iorque teria pesado na decisão de Marín de não mais lutar contra sua extradição para os Estados Unidos.

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