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PSG x Barcelona: em dia de celebrar recorde, Marquinhos ganha elogios e críticas na imprensa

Os franceses se preparam para assistir a um jogo disputado nesta quarta-feira (10) entre o PSG e o Barcelona na primeira partida das quartas de final da Liga dos Campeões. Apesar das ameaças de atentado feitas pela organização terrorista Estado Islâmico, a imprensa francesa aborda o jogo em clima de revanche e celebração. O brasileiro Marquinhos, zagueiro e capitão do PSG, se tornará o recordista de jogos disputados com a camisa do time: 436 partidas em 11 anos de carreira em Paris.

Marquinhos, defesa central brasileiro do PSG.
Marquinhos, defesa central brasileiro do PSG. © AFP - ANNE-CHRISTINE POUJOULAT
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O técnico Luís Henrique preparou o PSG para enfrentar o Barcelona com tranquilidade. Os jogadores receberam instruções para evacuar a pressão, a fim de ficarem mais soltos em campo e construir boas jogadas.

Em 2017, Luis Henrique estava à frente do Barcelona quando o clube catalão fez a façanha de reverter uma grande desvantagem, após a dura derrota de 4 a 0 sofrida no Parque dos Príncipes com uma goleada espetacular em casa (6-1) que até hoje dói em Paris.

Em entrevista, Luis Henrique falou sobre a motivação para o duelo contra o ex-clube e afastou uma eventual pressão. “Espero que a ambição supere a pressão. Estamos muito entusiasmados para essa partida, para mostrar nosso nível de jogo e nos classificar. Vejo esse entusiasmo ao meu redor, nos nossos torcedores, no clube e nos jogadores. Queremos jogar contra um grande Barça e vencer”.

O duelo também irá marcar o capitão Marquinhos, que se tornará o recordista de jogos com a camisa do PSG. O jornal Le Parisien consacra uma longa reportagem ao brasileiro, "um capitão muito querido pela torcida e respeitado pelos colegas". No sábado, Marquinhos ultrapassou o recorde que pertencia a Jean-Marc Pilorget, zagueiro que disputou 435 jogos pela equipe francesa entre 1975 e 1989. 

O Libération se mostra menos condescendente em relação ao brasileiro. Diz que Marquinhos é "consciencioso, mas um pouco servil", quase sempre "apagado", o que também "é uma boa maneira de sobreviver em um vestiário tão agitado quanto o do PSG". Ele chegou ao clube em 2013, quando tinha apenas 19 anos, aponta o jornal. O texto recorda fracassos do zagueiro na Liga dos Campeões e na Seleção Brasileira e dá uma alfinetada: "Em cada desastre, Marquinhos foi o primeiro a desabar, ou logo depois do primeiro". Na avaliação do Libération, existe algo "misterioso, difuso" no comportamento de Marquinhos, principalmente para um atleta que alcançou um nível tão alto na carreira.

Para o L'Equipe, a rivalidade histórica do PSG e do Barça, os estilos de jogo diferentes e dinâmicos das duas equipes e as estrelas internacionais em campo fazem com que o jogo desta noite se apresente como um belo espetáculo de futebol. 

Segurança sob controle

A imprensa local evoca as tensões que marcam as quartas de final. A segurança foi “consideravelmente” reforçada em Paris, mas também em Madri e Londres, depois que a organização terrorista Estado Islâmico publicou nas redes sociais apelos para que seus seguidores cometam atentados contra o público dos jogos e nos estádios.

Apesar do clima de apreensão, a porta-voz do governo francês, Prisca Thevenot, disse no início da tarde que não havia uma "ameaça comprovada" de planejamento de ataques. O Ministério do Interior e o chefe da polícia de Paris reforçaram o policiamento nos arredores do estádio com unidades móveis e patrulhas de soldados do plano Vigipirate, que está em alerta máximo desde 24 de março, dois dias depois do ataque a uma sala de espetáculos perto de Moscou.

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