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Futebol

Ex-presidente da CBF e outros seis são presos na Suíça sob suspeita de corrupção na Fifa

Sete altos dirigentes da Fifa foram detidos na manhã desta quarta-feira (27) pela polícia de Zurique a pedido das autoridades dos Estados Unidos, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marín. Ele e outros dois brasileiros, José Hawilla, dono da empresa de marketing esportivo Traffic, e José Margulies, dirigente da empresa Valente Corp. and Somerton, estão na lista das 14 pessoas investigadas por um tribunal de Nova York por corrupção.

Frente do hotel onde ocorrem as prisões.
Frente do hotel onde ocorrem as prisões. REUTERS/Arnd Wiegmann
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A operação aconteceu de madrugada em um hotel de luxo em Zurique. Entre os detidos estavam também o uruguaio Eugenio Figueredo, ex-presidente da Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol), Jeffrey Webb, ex-presidente da Confederação das Américas Central, do Norte e Caribe (Concacaf) e vice-presidente executivo da FIFA, Eduardo Li, membro do comitê executivo, Julio Rocha, dirigente da FIFA, Costas Takkas, dirigente da Concacaf, e Rafael Esquivel, membro do comitê executivo da Conmebol.

A justiça americana exige que todos os detidos sejam extraditados. Em comunicado, o ministério da Justiça da Suíça se refere a denúncias envolvendo contratos de marketing e direitos esportivos e também da atribuição para as organizações do principal evento da Fifa, a Copa do Mundo. O Justiça americana diz que 14 pessoas são investigadas: nove dirigentes da Fifa - entre eles os seis presos desta manhã - e outros cinco empresários que tinham negócios com a entidade.

“Dia triste para o futebol”

Os detidos são acusados de corrupção, fraude, lavagem de dinheiro, entre outros crimes financeiros. Segundo as autoridades suíças, pelo menos US$ 100 milhões teriam sido movimentados. O esquema teria sido montado nos Estados Unidos, e o dinheiro circulado por bancos americanos. O montante envolve casos de corrupção e suborno desde o ano de 1991.

O tribunal da Suíça confirmou hoje que já foi aberto um inquérito para investigar suspeitas de lavagem de dinheiro e gestão desleal sobre as atribuições das Copas do Mundo de futebol de 2018 para a Rússia e 2022 para o Catar. Foram apreendidos documentos nesta quarta-feira na sede da Fifa. Segundo o ministério da Justiça, pelo menos uma parte do enriquecimento ilícito aconteceu na Suíça. O inquérito foi aberto em 10 de março, mas apenas revelado hoje.

A operação da polícia suíça acontece na véspera do início da reunião do Comitê Executivo da Fifa que deve escolher, na sexta-feira, o novo presidente da entidade. O atual presidente, Joseph Blatter, disputa a reeleição para um quinto mandato consecutivo. Seu único adversário é o príncipe da Jordânia, Ali Bin Al-Hussein. O príncipe declarou que hoje é "um dia triste" para o futebol. Blatter não irá fazer nenhum comentário sobre a prisão dos altos dirigentes da entidade.

Em um comunicado no final da tarde, a Fifa se coloca como parte prejudicada no caso e diz que achou positiva a operação, que viria "para o bem do futebol e para reforçar medidas que a própria Fifa já vinha implementando". Em entrevista coletiva pela manhã, o assessor de comunicação da entidade fez questão de ressaltar que o presidente Joseph Baltter não é mencionado pela investigação em curso.

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