Zizi Jeanmaire: morre aos 96 anos a mais versátil das grandes bailarinas francesas
A dançarina e cantora francesa Zizi Jeanmarie, que ficou conhecida pela canção “Truc em plumes” (coisa de plumas, em tradução livre), morreu nesta sexta-feira (17), anunciou sua família. A carreira da artista foi também marcada pela colaboração estreita com o coreógrafo Roland Petit.
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“Mamãe descansou em paz esta noite na sua casa de Tolochenaz, no cantão de Vaud”, na Suíça, anunciou sua filha Valentine Petit. Uma cerimônia pública será realizada em homenagem à artista, acrescentou.
Profissional formada pela escola de dança da Ópera de Paris, Zizi Jeanmarie ousou misturar a dança clássica e musicais ao longo de uma longa e marcante carreira.
O anúncio de sua morte provocou reações emocionadas no mundo da dança. “Uma mulher e uma artista excepcional que nos deixa. Zizi Jeanmaire vai ficar para sempre em nossas memorias, única e inimitável. Zizi, nós te amamos”, escreveu no Instagram Manuel Legris, que já foi um dos principais bailarinos da Ópera de Paris.
“Nunca esqueceremos você, querida Zizi”, comentou a ex-bailarina francesa Marie-Agès Gillot.
Nascida Renée Jeanmarie em 29 de abril de 1924, foi na escola de dança da Ópera de Paris que ela conheceu o futuro coreógrafo e marido Roland Petit, em 1933. Ambos tinham apenas 9 anos. Petit morreu em 2011.
Sete anos depois, 1940, Zizi integrou o corpo de baile do renomado balé, do qual se retirou no final da Segunda Guerra Mundial. “Roland queria criar sua própria companhia”, contou a artista em uma entrevista, em 2008. Petit formou os Ballets des Champs-Elysées e, depois, os Balés de Paris.
Carmen de cabelos curtos
A companhia fez grande sucesso com “Carmen”, quando Zizi adota o corte curto de cabelo que virou sua marca registrada. Ela também participou de filmes em Hollywood e em musicais da Broadway.
“Mon truc em plumes”, criado em Paris em 1961, mostra Jeanmarie na pele de uma personagem chique e ousada ao mesmo tempo. Sua intepretação em “O Jovem e a Morte”, ao lado de Rudolf Nureyev, para uma versão filmada, recebeu excelentes críticas.
Em 1970, o casal passa a dirigir o mítico Casino de Paris. Roland Petit cria em seguida a companhia dos Balés de Marselha.
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