Acessar o conteúdo principal
Arte/pornografia

Artista japonesa é condenada por objetos inspirados em própria vagina

Megumi Igarashi, criadora de objetos artísticos inspirados na forma de sua vagina, foi condenada por crime de obscenidade nesta segunda-feira (9), no Japão, após um julgamento de grande repercussão midiática.

Artista japonesa Megumi Igarashi, condenada por obscenidade, fala à imprensa após veredito.
Artista japonesa Megumi Igarashi, condenada por obscenidade, fala à imprensa após veredito. REUTERS/Toru Hanai
Publicidade

O tribunal do distrito de Tóquio condenou Igarashi, de 44 anos, a pagar uma multa de 400 mil ienes (equivalente a R$ 1,3 milhão), metade da quantia requerida inicialmente.

A artista foi presa em julho de 2014 por tentar levantar fundos na internet para financiar a construção de um caiaque, cuja forma seria inspirada em seus órgãos genitais. Na ocasião, ela havia publicado uma imagem 3D de sua vagina para que os internautas pudessem fazer cópias.

No Japão, onde o mercado de pornografia gera milhões de euros, são proibidas certas representações de órgãos genitais. As representações fotográficas ou fílmicas dos órgãos sexuais aparecerem borradas ou obscurecidas.

Esculturas são consideradas obscenas

Igarashi, conhecida como Rokude Nashiko, "menina inútil", foi libertada poucos dias depois, após apresentar um recurso. Meses mais tarde, a polícia de Tóquio prendeu novamente a artista por espalhar esculturas de gesso "obscenas" e enviar e vender CD-ROM com os dados necessários para fabricar o molde.

Nesta segunda-feira ela foi considerada culpada por tais fatos. "Eu sou inocente, lutarei até o fim", disse a artista, anunciando que irá recorrer da sentença. Kenya Sumi, um de seus advogados, disse que "seria lamentável que a decisão intimidasse outros artistas."
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.