Lars Von Trier tira fôlego da plateia de Cannes com sua "Melancholia"
Com uma criação apocalíptica, o diretor dinamarquês Lars Von Trier arrancou aplausos de uma plateia impressionada até o último segundo do filme com a força das interpretações e da temática .
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Lars von Trier imaginou um planeta chamado Melancholia que se aproxima lentamente da Terra. Enquanto a maioria dos cientistas calcula que o choque final não acontecerá, Justine (Kirsten Dunst) e Claire (Charlotte Gainsbourg) duas irmãs de personalidades totalmente diferentes aguardam, uma com serenidade, outra com pavor, o fim do mundo.
Durante duas horas e dez minutos, os espectadores ficam colados às poltronas, perturbados com a possibilidade de Melancholia se chocar com a Terra, encantados com a fotografia e até sentindo um certo nervosismo à medida que o fim se aproxima.
O filme foi ovacionado e já está sendo considerado um forte concorrente à Palma de Ouro. Em 2009, Lars Von Trier chocou Cannes com seu AntiChrist, que acabou valendo o prêmio de melhor interpretação feminina para a atriz francesa Charlotte Gainsbourg.
Etéreo
O segundo longa da seleção oficial é o etéreo "Hanezu No Tsuke", da diretora japonesa Naohmi Kawase, que fala de montanhas, deuses e almas.
Sem construir um roteiro com começo, meio e fim, Kawase propõe uma viagem delicada pelo tempo e pelo espaço, em um filme de autor marcado pela delicadeza.
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