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FDA aprova 1ª vacina contra chikungunya lançada por empresa de biotecnologia francesa

A FDA (agência reguladora de medicamentos e alimentos nos EUA), aprovou, nesta quinta-feira (9), uma vacina do grupo Valneva contra a chikungunya. Este é o primeiro imunizante contra a doença, causada por um vírus e transmitida pelos mosquitos Aedes Aegypti e Aedes Albopictus, ou mosquito Tigre, os mesmos vetores da dengue.

Os Estados Unidos aprovaram na quinta-feira uma vacina do grupo Valneva contra o chikungunya - a primeira contra essa doença viral presente na região das Américas, que se propaga pela picada de mosquitos.
Os Estados Unidos aprovaram na quinta-feira uma vacina do grupo Valneva contra o chikungunya - a primeira contra essa doença viral presente na região das Américas, que se propaga pela picada de mosquitos. AP - Rick Bowmer
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A vacina será comercializada com o nome Ixchiq e é recomendada para maiores de 18 anos, que estão mais expostos ao vírus, de acordo com um comunicado divulgado pela FDA. A Valneva também apresentou um pedido de autorização à Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

O imunizante da empresa francesa Valneva contém uma versão atenuada do vírus chikungunya, "uma ameaça emergente para a saúde mundial, com pelo menos cinco milhões de casos de infecção" pelo vírus registrados durante os últimos 15 anos, segundo a agência americana.

Ainda não existia uma vacina ou tratamento para a doença, cujo nome na língua africana Makondé significa "curvar-se de dor". A chikungunya foi descrita pela primeira vez durante um surto no sul da Tanzânia, em 1952.

O maior risco de infecção está nas regiões tropicais e subtropicais da África, no sudeste asiático e, desde o fim de 2013, em algumas regiões do continente americano. 

"A infecção pelo vírus chikungunya pode provocar doenças graves e problemas de saúde prolongados, especialmente em pessoas da terceira idade e indivíduos com problemas médicos subjacentes", explica Peter Marks, diretor do Centro de Avaliação e Pesquisa de Produtos Biológicos da FDA, citado no comunicado.

Efeitos colaterais

A vacina será inicialmente comercializada nos Estados Unidos, no início de 2024. Os resultados da fase 3 dos testes foi publicado na revista científica The Lancet, em junho de 2023. De acordo com um comunicado grupo Valneva, a taxa de proteção é de mais de 96% seis meses após a injeção.

Os principais efeitos colaterais do imunizante são dores de cabeça ou musculares, fadiga e náuseas. Em poucos casos foram observadas reações mais graves, diz a FDA. Apenas dois participantes do ensaio clínico que receberam a vacina tiveram que ser hospitalizados.

Os sintomas mais comuns da infecção são febre e dores nas articulações, mas o vírus também pode causar irritação na pele. A dor severa nas articulações dura alguns dias, mas pode persistir durante meses, e inclusive anos. Mas, quem pega a doença desenvolve anticorpos que protegem para o resto da vida.

(Com informações da AFP)

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