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Tabaco e álcool são os grandes vilões do câncer no mundo, revela pesquisa

Quase metade dos cânceres em todo o mundo é atribuível a um determinado fator de risco, principalmente tabaco e álcool, conclui um gigantesco estudo publicado nesta sexta-feira (19), enfatizando a importância de medidas preventivas.

Cartaz a favor da proibição da publicidade de tabaco na Suíça. Em 8 de fevereiro de 2022.
Cartaz a favor da proibição da publicidade de tabaco na Suíça. Em 8 de fevereiro de 2022. © VALENTIN FLAURAUD/AFP
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"De acordo com nossa análise, 44,4% das mortes por câncer em todo o mundo (...) são atribuíveis a um fator de risco que foi medido", sugere este estudo, publicado na revista científica britânica The Lancet e realizado no âmbito do Global Burden of Disease.

Este vasto programa de pesquisa, financiado pela Fundação Bill Gates, envolve milhares de pesquisadores na maior parte de países do globo. O trabalho permite, portanto, conhecer mais detalhadamente os fatores de risco de acordo com as regiões do mundo, mesmo que, em geral, suas conclusões confirmem o que já se sabia: o tabaco é de longe o principal elemento que favorece o câncer (33,9 %), seguido do álcool (7,4%).

Acima de tudo, essas conclusões defendem dar grande importância às medidas de prevenção em saúde pública, uma vez que muitos desses fatores de risco estão relacionados a comportamentos que podem ser alterados ou evitados.

No entanto, cerca de metade dos cânceres continua não sendo atribuível a um determinado fator de risco, o que mostra que mesmo a prevenção não é suficiente para o controle da doença. Esse fato, de acordo com os autores do estudo, deve, portanto, ser acompanhado por dois outros pilares: um diagnóstico suficientemente precoce e tratamentos eficazes.

Prevenção

Em um comentário independente, publicado na mesma edição da The Lancet, dois epidemiologistas apoiaram essas conclusões, acreditando também que o estudo ressalta a importância da prevenção.

Os dois cientistas autores do comentário, Diana Sarfati e Jason Gurney, no entanto, pediram para não necessariamente considerar a precisão das estimativas fornecidas pelo valor nominal, observando que a coleta de dados é, por natureza, sujeita a muitas deficiências em diversos países.

(Com informações da AFP)

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