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Crise fronteiriça

Venezuela cede à Colômbia e abre fronteira para que crianças voltem às aulas

A Venezuela abriu nesta sexta-feira (4) a fronteira com a Colômbia para permitir que crianças que interromperam seus estudos pelo fechamento parcial da zona limítrofe possam voltar às aulas. A informação foi divulgada pelo governo colombiano, apesar da crise bilateral. "Boas notícias! Habilitado o corredor humanitário na fronteira para que as crianças voltem às aulas", informou pelo Twitter a pasta de Educação na Colômbia. 

O fechamento de trechos da fronteira entre a Venezuela e a Colômbia causa danos aos moradores da região.
O fechamento de trechos da fronteira entre a Venezuela e a Colômbia causa danos aos moradores da região. REUTERS/Jose Miguel Gomez
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Permitir a passagem dos menores foi uma das condições que o presidente Juan Manuel Santos impôs na quinta-feira para se reunir com seu colega venezuelano, Nicolás Maduro, com o objetivo de solucionar a crise fronteiriça que impacta as relações bilaterais há três semanas.

"É um grande passo, os dois presidentes terão que conversar. Todos os que vivem na fronteira esperam por isso", afirmou em entrevista à Blu Radio Alejandro García, prefeito do município venezuelano de Ureña, limítrofe com o colombiano de Cúcuta.

Com a decisão,  entre 1.000 e 1.500 crianças que residiam na Venezuela poderão voltar às aulas na Colômbia passando pela ponte internacional Simón Bolívar, que foi fechada por ordem de Maduro.

Para retomar o diálogo com Maduro, Santos também pediu a permissão de entrada de 15 caminhões em território venezuelano para que os cerca de 1.300 deportados colombianos possam recuperar seus pertences, assim como o respeito dos "protocolos mínimos" para a expulsão dessas pessoas de seu território. Se estas "condições mínimas humanitárias forem cumpridas, eu me sento para resolver este problema", disse na quinta-feira o chefe de Estado colombiano.

Onze mil deslocados

A crise bilateral começou em 19 de agosto com o fechamento de parte da fronteira decretado por Maduro no estado de Táchira, limítrofe com o departamento colombiano de Norte de Santander, após um ataque a militares venezuelanos durante uma operação anticontrabando. Maduro atribuiu o incidente a paramilitares colombianos.

A tensão aumentou há uma semana quando os dois países chamaram para consultas seus embaixadores em meio a denúncias de violações dos direitos humanos dos deslocados. Onze mil pessoas foram deportadas da Vanezuela ou fugiram por medo de represálias. 

Os dois países compartilham uma porosa fronteira de 2.219 km, na qual denunciam a atividade de grupos criminosos que lucram com o contrabando de combustível e outros produtos altamente subsidiados pelo governo venezuelano.

Com informações da AFP

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