Acessar o conteúdo principal
Brasil/ Cuba

Em Cuba, Dilma diz que "todos os países" violam direitos humanos

A presidente Dilma Rousseff encerra na manhã desta quarta-feira sua visita de 36 horas a Cuba e segue de Havana para Porto Príncipe, no Haiti. A presidente brasileira tratou sobre parcerias comerciais bilaterais e, em relação à violação dos direitos humanos em Cuba, disse que “todos os países” enfrentam este problema.

A presidenta Dilma Rousseff conversa com o presidente cubano, Raul Castro, no Palácio da Revolução de Havana, nesta terça-feira.
A presidenta Dilma Rousseff conversa com o presidente cubano, Raul Castro, no Palácio da Revolução de Havana, nesta terça-feira. REUTERS/Adalberto Roque/Pool
Publicidade

Durante seu encontro de pouco mais de uma hora com o presidente cubano, Raul Castro, nesta terça-feira, os dois líderes conversaram sobre a implantação de empresas brasileiras na zona econômica exclusiva no Porto de Mariel e outros projetos de cooperação. Dilma defendeu uma parceria "estratégica e duradoura" com Cuba e disse que a maior contribuição que o Brasil pode dar ao país é ajudá-lo a "desenvolver" o seu "processo econômico".

Na pauta da reunião com o presidente Raúl Castro esteve um projeto para a instalação de empresas de medicamentos brasileiras na zona do porto de Mariel. A ampliação do local, visto como estratégico para o país, custará 900 milhões de dólares, sendo que 70% deste valor, 682 milhões, são financiados pelo Brasil. A construtora brasileira Odebretch está por trás da obra.

O projeto prevê que as empresas brasileiras se beneficiem da experiência cubana na fabricação de medicamentos contra o câncer e que a zona exclusiva sirva de plataforma para exportações para todo o Caribe e principalmente para os Estados Unidos. Desde que assumiu o poder, Raúl Castro tem implantado uma série de reformas econômicas para enfrentar a crise que há décadas atinge a ilha.

Já sobre o delicado tema das violações de direitos humanos no país, Dilma afirmou que "todos os países" enfrentam este problema e citou a prisão americana de Guantánamo como exemplo. "O mundo precisa se comprometer em geral, e não é possível fazer da política de direitos humanos só uma arma de combate político-ideológico”, argumentou. “O mundo precisa se convencer de que é algo que todos os países do mundo têm de se responsabilizar, inclusive o nosso", declarou a presidente.

Antes de encerrar a visita oficial, Dilma se encontrou com o ex-presidente Fidel Castro, mas não foram divulgados detalhes da conversa. No Haiti, Dilma terá encontro de trabalho com o presidente Michel Martelly sobre questões ligadas à reconstrução e ao desenvolvimento econômico e social do país. O novo visto permanente para os imigrantes haitianos no Brasil, ponto sensível da agenda bilateral, também será abordado.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.