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Encontro/Clima

Encontro no Peru dá largada rumo a acordo sobre o clima em 2015

No ritmo atual de emissão de gases do efeito estufa, a temperatura na Terra subirá 4 graus celsius até o final deste século. E os esforços atuais são insuficientes para limitar este aumento em 2 graus, como pretende a comunidade internacional. São estes dois dados que devem pautar a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP20) que começa nesta segunda-feira (1º), em Lima, no Peru.

Entrada do COP20, em Lima, no Peru.
Entrada do COP20, em Lima, no Peru. AFP PHOTO/CRIS BOURONCLE
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O encontro reune representantes de todo o mundo pelas próximas duas semanas com o objetivo de “amarrar” um acordo que possa ser assinado por todos os países no COP21, que ocorrerá em Paris, em 2015. A intenção é modificar o atual sistema de produção que, segundo cientistas, está aumentando em 2,2% a produção de gases do efeito estufa a cada ano. Neste ritmo, a temperatura do planeta subiria 4 graus em relação a era pré-industrial (até 1750), com efeitos nocivos para reservas de água potável, derretimento glacial e secas, entre outros efeitos.

A ONU fixou como objetivo o aumento de apenas 2 graus para este mesmo período, mas ele está longe de ser alcançado com os atuais índices de emissão. “Os riscos da mudança climática nunca foram tão evidentes e os impactos, tão visíveis”, afirmou Christina Figueres, secretária-executiva do evento.

EUA e China, um bom precedente

A COP20 começa sob uma atmosfera de otimismo moderado, graças ao recente acordo entre China e Estados Unidos, os dois maiores poluidores do mundo, além do compromisso europeu para 2030. A China, país que mais contribui com a poluição no mundo, se comprometeu em reduzir suas emissões a partir de 2030. Os Estados Unidos foram ainda mais ousados e dizem que baixarão suas emissões entre 26% e 28% até 2025, em relação a 2005.

Outro fator de otimismo é o relatório de 2014 do Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre o Clima (IPCC, na sigla em inglês) que afirma que o desafio global para enfrentar a mudança climática é “alcançável técnica e financeiramente”. A recomendação principal é a substituição de petróleo, carvão e gás por energias limpas que não produzam CO2. Para isso, o investimento nestas novas matrizes energéticas deverá ser multiplicado por quatro até 2050.

Encontro paralelo reúne comunidades indígenas

O dispositivo de segurança de Lima para proteger os 12 mil representantes de 194 países durante a COP20 conta com 40 mil policiais. De forma paralela ao evento das Nações Unidas, será realizada a Cúpula dos Povos, com representantes da sociedade civil, ambientalistas e comunidades indígenas que apresentarão suas demandas aos governos. O evento também contará com a presença do presidente da Bolívia, Evo Morales.

Uma grande marcha pela defesa do meio ambiente será realizada no dia 10 de dezembro, dois dias antes do encerramento do COP20, e deverá ser reproduzida em várias cidades pelo mundo.
 

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