Greve geral marca dia de negociações decisivas na Grécia
Os sindicatos gregos convocaram mais um dia de greve geral nesta terça-feira. Eles não aceitam as novas medidas de austeridade exigidas pelos credores em troca de 130 bilhões de euros de ajuda financeira a Atenas e o perdão de parte da dívida grega.
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A greve está afetando escolas, transportes e serviços públicos. Milhares de pessoas se manifestam desde a manhã de hoje na praça central de Atenas, Syntagma, contra as novas medidas de austeridade.
Pressionado, o premiê grego, Lucas Papademos, tenta arrancar um compromisso dos líderes dos partidos da coalizão o conservador Nova Democracia, o Partido Socialista e a União Ortodoxa de extrema-direita e convencê-los a aceitar as condições impostas.
Os partidos se recusam a assinar novas medidas impopulares e que poderiam aumentar a recessão. A opinião pública grega também não aceita as exigências de um novo corte suplementar de 20% do salário mínimo, que é atualmente de 870 euros, e um corte de 25% nas aposentadorias complementares.
A chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês Nicolas Sarkozy insistiram, em uma entrevista conjunta na segunda-feira à noite, que medidas de economia suplementares são indispensáveis. O presidente francês afirmou que a Grécia não tem escolha e deve aceitar os novos sacrifícios.
Sarkozy e Merkel também pediram que fosse criada uma conta separada e bloqueada com uma parte dos fundos emprestados à Grécia, para ter certeza que este dinheiro sirva realmente para reembolsar a dívida pública.
Quase dois anos depois do primeiro plano de salvamento da Grécia, a Troika, que negocia em nome da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do FMI, acusa o país de não cumprir as reformas prometidas para redução de gastos e exige uma reforma estrutural e do mercado de trabalho.
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