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Imprensa francesa alerta: "aviso de mau tempo nas bolsas de valores mundiais"

"Alerta de mau tempo nas bolsas de valores mundiais." A advertência é feita pelo diário econômico francês Les Echos, devido às tensões geopolíticas crescentes, principalmente no Oriente Médio. A bolsa de Paris abriu no vermelho na manhã de terça-feira (16), caindo abaixo de 8.000 pontos. No meio da manhã, o pregão parisiense despencava 1,3%. O índice francês CAC-40, assim como os principais mercados mundiais, tem enfrentado dificuldades desde o início de abril

Pregão da Bolsa de Valores de Seul. Imagem de 13 de outubro de 2022
Pregão da Bolsa de Valores de Seul. Imagem de 13 de outubro de 2022 © Ahn Young-joon / AP
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O índice Nikkei do Japão caiu quase 2% nesta terça-feira, Xangai recuou 1,65%, Hong Kong perdeu 2,12% e Mumbai fechou o pregão a -0,56%. Nos Estados Unidos, o Nasdaq recuou 3,3% em duas sessões, enquanto o famoso índice Dow Jones, da bolsa de Nova York, terminou ontem no vermelho pela sexta sessão consecutiva, relata o Les Echos. O risco de escalada no Médio Oriente alcançou os mercados. “As tensões geopolíticas agravam as incertezas quanto à trajetória das políticas monetárias", avalia o jornal.

As incertezas para os investidores são provenientes de múltiplas fontes. A curto prazo, existe a perspectiva de um primeiro corte nas taxas de juros por parte da Reserva Federal dos EUA (Fed). O Banco Central Europeu (BCE) também deve anunciar cortes nesta semana.

Analistas apontam que os investidores ficaram desapontados com a última série de índices econômicos publicados pela China. As vendas no varejo e a produção industrial desaceleraram significativamente em março na China, em relação ao início do ano, e ficaram abaixo das previsões dos analistas consultados pela Bloomberg. Isto ofuscou a boa notícia do crescimento do PIB chinês, que alcançou 5,3% no primeiro trimestre do ano, acima dos 4,6% previstos inicialmente pelos analistas.

Além disso, as persistentes tensões geopolíticas no Oriente Médio continuam a ser uma das alavancas de incerteza para o mercado de ações, advertem os especialistas.

O jornal Le Monde mostra que Pequim tem controlado cada vez mais as declarações dos economistas chineses. Eles são forçados a divulgar cenários otimistas sobre o país, e devem se omitir de apontar as dificuldades enfrentadas por vários setores da economia. Segundo o Le Monde, esta política faz com que a autocensura continue a crescer entre os analistas do país asiático.

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