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Europa/Saúde

OMS recomenda proibir cigarros eletrônicos a menores de idade

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou, nesta terça-feira (26), a proibição da venda de cigarros eletrônicos aos menores de idade. De acordo com o órgão, "os inaladores eletrônicos de nicotina não são compostos simplesmente de 'vapor d'água', como afirmam as campanhas de marketing desses produtos". As recomendações foram publicadas por ocasião da reunião da Convenção-Quadro para a Luta contra o Tabaco, que acontecerá entre 13 e 18 de outubro em Moscou.

Um fumante de cigarro eletrônico
Um fumante de cigarro eletrônico gettyimages
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No documento divulgado nesta terça-feira, os especialistas da OMS também recomendaram a proibição do uso dos e-cigarettes, como eles são chamados na França, em lugares públicos fechados. "Principalmente naqueles onde já é proibido fumar, ao menos até que se comprove que o vapor destes produtos não é nocivo para terceiros", afirma o comunicado. A organização pede ainda que os governos "acabem com os distribuidores automáticos" de cigarros eletrônicos.

Perigo para adolescentes e fetos

Esses dispositivos apresentariam ainda perigos graves para adolescentes e fetos: "As pesquisas são suficientes para alertar as crianças, adolescentes, mulheres grávidas ou em idade reprodutiva contra a utilização dos inaladores eletrônicos de nicotina porque a exposição deles à nicotina traz consequências de longo prazo no desenvolvimento cerebral".

A OMS reconhece que, "desde que bem regulamentada, a exposição reduzida a substâncias tóxicas (...) por adultos fumantes regulares que substituem completamente o consumo de cigarros, tem chances de ser menos nociva para o fumante do que os cigarros tradicionais ou outros produtos de tabaco queimado". Mas alerta que não se pode saber qual o real potencial de redução de risco.

Mercado em ascensão

Os inaladores eletrônicos de nicotina não queimam nem utilizam folhas de tabaco, mas produzem um aerosol por aquecimento, que é inalado pelos consumidores. O principal componente deste aerosol, além da nicotina (que pode ou não estar presente na fórmula), é o propileno glycol, ao qual podem ser acrescentados glicerol e aromatizantes. Ainda que alguns destes dispositivos se pareçam com produtos de tabaco, como cigarros, charutos, cigarrilhas ou cachimbos, eles podem também ter forma de objetos cotidianos, como canetas e pen-drives.

O mercado de cigarros eletrônicos parece ir de vento em popa. De acordo com dados da própria OMS, em 2013, US$ 3 bilhões foram gastos com este tipo de produto, um número que deve crescer 17 vezes até 2030. Hoje, 466 empresas catalogadas comercializam inaladores de nicotina no mundo.
 

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