Mítico estádio francês Parc des Princes pode estar prestes a ser privatizado

A prefeitura de Paris desmente, mas, segundo o jornal francês Le Parisien desta sexta-feira (2), estaria em andamento a negociação para a privatização do tradicional estádio de futebol Parc des Princes. O campo pertence à prefeitura da capital francesa e é utilizado pelo Paris Saint-Germain, principal clube da cidade.

A "virage", onde ficam as torcidas organizadas no Parc des Princes. Gabriel Brust / RFI Brasil

Depois de adquirir o próprio PSG em 2011, a Qatar Investment Authority, empresa de investimento do emirado árabe, estaria prestes a dar um lance pelo Parc des Princes. Segundo o Le Parisien, a prefeitura de Paris teria pedido um valor inferior a € 100 milhões de euros e, desde então, aguarda uma resposta dos cataris, na pessoa de Nasser El-Khelaïfi, o todo poderoso do PSG.

Atualmente, o Parc des Princes – que foi fundado em 1897 e tem capacidade para 47 mil espectadores – é administrado por uma espécie de parceria público-privada. O clube tem a concessão pelos próximos 30 anos e, em troca, deve fazer investimentos. Por exemplo, a reforma da arena para a Euro de 2016, o que deve custar ao redor de € 75 milhões, ampliando a capacidade do Parc para 60 mil pessoas.

O estádio, cujo atual projeto arquitetônico, de 1972, é assinado por Roger Taillibert, guarda grandes lembranças do esporte francês nos últimos 40 anos. Foi ali que a seleção venceu, por exemplo, a Euro de 1984. Mas o custo de manutenção do imóvel é alto, chegando a € 1 milhão ao ano.

Torcedores a favor

Em uma enquete feita com leitores, o Le Parisien colheu uma maioria de opiniões favoráveis à privatização. Os torcedores do PSG parecem esperar que aconteça com o velho estádio o mesmo que ocorreu com o clube, depois que foi comprado pelos cataris: um aumento no investimento e, por consequência, na qualidade dos serviços.

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, do Partido Socialista, desmentiu nesta manhã que haja qualquer negociação entre o município e o clube. Mas, durante sua campanha eleitoral, Hidalgo se mostrou aberta à proposta. As fontes do Parisien dentro da prefeitura da capital garantem que a negociação está parada, mas existe.