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Portugal se prepara para expulsar fornecedores chineses da rede 5G

Portugal está pronto para excluir os fornecedores chineses de equipamentos 5G, seguindo uma recomendação da União Europeia. O motivo é a preservação da segurança e da soberania nacionais, afirmou nesta sexta-feira (16) o ministro das Relações Exteriores português.

EUA, Reino Unido e Canadá já tomaram medidas para proibir a venda de equipamentos de fornecedores chineses
EUA, Reino Unido e Canadá já tomaram medidas para proibir a venda de equipamentos de fornecedores chineses © Tobias Schwarz Agence France-Presse
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"Tomaremos sempre decisões importantes para garantir a nossa segurança e a nossa soberania e sobre este assunto não há negociação possível", declarou João Gomes Cravinho durante viagem a Londres.

"É uma decisão estritamente técnica baseada em critérios técnicos da União Europeia", acrescentou o ministro, citado pela agência de notícias Lusa.

Na véspera, o comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, havia pedido aos 27 países membros da UE e às operadoras de telecomunicações que excluíssem os fornecedores chineses de equipamentos de telecomunicações Huawei e ZTE, que, segundo o executivo, representam "riscos materialmente maiores do que outras empresas provedoras de materiais de 5G"

Ao contrário dos Estados Unidos, Reino Unido e Canadá, que já tomaram medidas para proibir a venda de equipamentos de fornecedores chineses, os países da UE estão divididos sobre qual abordagem adotar.

Mais receptivo aos chineses

Desde a crise financeira de 2011, Portugal tornou-se um dos países europeus mais receptivos aos investimentos chineses. E, em dezembro de 2018, durante uma visita do presidente chinês Xi Jinping, os dois governos assinaram vários acordos de cooperação, inclusive na área de telecomunicações.

Mas o Conselho Superior de Cibersegurança, órgão consultivo do governo, emitiu um parecer no final de maio de que o uso de equipamentos de fornecedores de países fora da UE, OTAN ou OCDE constitui “alto risco” para a segurança do país.

 Sem nomear os operadores chineses, esta recomendação abriu caminho à sua exclusão.

A operadora de telecomunicações portuguesa MEO, subsidiária do grupo Altice, que há cinco anos aceitou cooperar com a Huawei para acelerar o desenvolvimento do 5G em Portugal, anunciou finalmente, em abril passado, que tinha escolhido a finlandesa Nokia para desenvolver a sua rede.

Com informações da AFP

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