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Ofensiva em Rafah e violências na Cisjordânia voltam a ser tema na Conferência de Munique

Na manhã deste domingo (18), a situação no Oriente Médio, bem como a possível ofensiva israelense na cidade de Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, foram discutidos entre os participantes. A crise humanitária que assola a região, as perspectivas de médio prazo para o enclave e a Cisjordânia também foram temas na Conferência de Segurança, que termina hoje.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, em Munique, em 18/02/24.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, em Munique, em 18/02/24. AFP - TOBIAS SCHWARZ
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O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, participou da Conferência de Segurança de Munique na manhã de domingo. Ele considerou que as tensões na Cisjordânia, onde os ataques de colonos contra palestinos aumentaram, constituíam "o verdadeiro obstáculo" para uma solução de dois estados entre israelenses e palestinos.

"Estou surpreso porque todos estão falando em acabar com a guerra em Gaza, mas ninguém falou muito sobre a Cisjordânia, que é o verdadeiro obstáculo para uma solução de dois Estados", disse.

"A Cisjordânia está em tumulto, o nível de violência contra os palestinos vem aumentando desde 7 de outubro, e já era muito alto antes disso", lembrou.

Países ocidentais como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França impuseram sanções a alguns colonos israelenses considerados "extremistas", incluindo o congelamento de seus bens. No ano passado, um recorde de 26 assentamentos não autorizados, não reconhecidos por Israel, surgiu na Cisjordânia, segundo a ONG Peace Now. Desses 26, cerca de dez foram estabelecidos após o início da guerra em 7 de outubro.

 

Sobre a questão da Faixa de Gaza, Josep Borrell reiterou seus avisos, suas apreensões, contra uma ofensiva em Rafah pelo exército israelense devido às consequências humanitárias. Ele também disse que "o Hamas era uma ideia, e não se pode matar uma ideia, mas é preciso encontrar uma alternativa", destacou.

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Críticas a Israel

Também no Conselho de Segurança de Munique, o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, disse criticou Israel e o que uma ofensiva contra Rafah poderia provocar. Já Tzipi Livni, que agora está na oposição ao governo de Netanyahu e é ex-ministra das Relações Exteriores de Israel, enfatizou que apoiava a ofensiva israelense devido à ameaça que o Hamas representa para o Estado judeu, ao mesmo tempo em que defendia uma solução de dois Estados.

 

Em sua maioria, os participantes defenderam a solução de dois Estados em médio prazo.

 

O primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, disse que essa solução sempre foi do interesse do Estado israelense. No entanto, como ela é atualmente rejeitada por Israel, ele sentiu que era necessária uma intervenção externa para pressionar Tel Aviv a buscar esse objetivo.

(Com RFI e AFP)

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