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ONG denuncia Israel por mortes de crianças palestinas em operações das forças armadas

As forças armadas israelenses matam crianças palestinas impunemente na Cisjordânia. Essa é a conclusão de um relatório da ONG humanitária Human Rights Watch (HRW), publicado nesta segunda-feira (28). O trabalho denuncia o Estado de Israel pelo uso sistemático e ilegal de força desproporcional contra crianças palestinas em suas ofensivas armadas e na fronteira. Desde o início do ano, ao menos 34 crianças palestinas foram assassinadas por tiros disparados pelas forças armadas israelenses.

Homem carrega o corpo de uma criança palestina morta durante um conflito com as forças israelenses na Cisjordânia.
Homem carrega o corpo de uma criança palestina morta durante um conflito com as forças israelenses na Cisjordânia. REUTERS - SUHAIB SALEM
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Em 21 de novembro de 2022, quando Mahmoud al-Sadi, um jovem palestino de 17 anos, estava a caminho da escola no campo de refugiados de Jenin, as forças israelenses faziam uma operação no local. Houve uma intensa troca de tiros entre israelenses e os combatentes palestinos. O jovem esperou no acostamento da estrada o momento que o tiroteio parasse. Ele não estava armado, mas foi morto por uma bala disparada de um veículo militar israelense.

Esse não é um caso isolado, diz Eric Goldstein, vice-diretor da Human Rights Watch para o Oriente Médio: "Estamos em agosto e, desde o início deste ano, 34 crianças palestinas na Cisjordânia foram mortas por balas israelenses. Essa é a pior taxa em quinze anos, quase desde a segunda intifada", afirma.

Violação da lei internacional

Essas crianças não representavam uma ameaça direta à segurança. Isso é "uma clara violação da lei internacional", diz o relatório da ONG. E um uso excessivo da força, cometido com total impunidade, continua Éric Goldstein: "Não há investigações abertas automaticamente quando há uma morte. O problema de base é a impunidade completa."

Diante dessa triste realidade, afirma o relatório, os aliados de Israel devem exercer pressão para garantir que os responsáveis por esses abusos sejam responsabilizados e que esta prática acabe.

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