Navio transportando quase 500 migrantes está desaparecido no Mar Mediterrâneo
A guarda-costeira realiza buscas por um navio transportando quase 500 migrantes, incluindo um recém-nascido e uma mulher grávida, que desapareceu no Mar Mediterrâneo. O alerta foi emitido nesta sexta-feira (26) por duas associações de resgate a migrantes.
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Os últimos contatos foram feitos na manhã de quarta-feira (25), de acordo com o Alarm Phone, um grupo que responde a chamadas de socorro de navios de migrantes. Naquele momento, a embarcação sofria de uma avaria no motor e se encontrava à deriva no meio do Mar Mediterrâneo.
O navio se encontrava a cerca de 320 km ao norte do porto líbio de Benghazi e a mais de 400 km de Malta ou da Sicília.
Na quinta-feira (26), a ONG italiana Emergency afirmou que nem o seu navio, o Life Support, ou o Ocean Viking, pertencente a uma outra associação de resgate a migrantes, haviam encontrado qualquer vestígio da embarcação desaparecida.
Nesta sexta-feira, um porta-voz da Emergency confirmou que as buscas continuavam. Ele cogitou que os migrantes poderiam ter sido recolhidos por outro navio ou que o barco tivesse navegado para a Sicília.
Na quinta-feira, a guarda costeira italiana informou que mais de 1.000 migrantes haviam sido resgatados em duas operações separadas e que não estão relacionadas com a embarcação desaparecida.
Entrada de migrantes na Itália mais do que dobra
Desde o início do ano, mais de 47.000 migrantes chegaram à Itália, em comparação com 18.000 no mesmo período ano passado.
No início do mês de maio, a questão dos migrantes provocou uma crise entre Roma e Paris. O chefe da diplomacia italiana chegou a exigir um pedido de desculpas do ministro francês do Interior, Gérald Darmanin, que criticou a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, por sua gestão da imigração e as eventuais consequências para o país.
Em novembro, os dois países viveram um momento de tensão quando o governo Meloni se recusou a deixar atracar um navio humanitário da ONG SOS Mediterrâneo, que acabou sendo acolhido pela França, em Toulon (sul), com mais de 200 migrantes a bordo.
(Com informações da Reuters e da RFI)
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