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Coreia do Norte dispara míssil balístico; Seul se prepara para exercícios conjuntos com Washington

A Coreia do Norte disparou pelo menos um míssil balístico não identificado neste sábado (18), informaram militares sul-coreanos. O episódio acontece dias antes de um exercício de simulação conjunto entre Washington e Seul.

Uma televisão transmite uma reportagem sobre a Coreia do Norte disparando um míssil balístico em sua costa leste. Seul, Coreia do Sul, em 18 de dezembro de 2022.
Uma televisão transmite uma reportagem sobre a Coreia do Norte disparando um míssil balístico em sua costa leste. Seul, Coreia do Sul, em 18 de dezembro de 2022. REUTERS - HEO RAN
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"A Coreia do Norte disparou um míssil balístico não identificado em direção ao Mar do Leste", declarou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, referindo-se ao nome dado ao Mar do Japão.

O míssil, que aparentemente caiu na Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do Japão, era um um modelo intercontinental "classe ICBM", informou um porta-voz do governo, Hirokazu Matsuno.

Pyongyang "disparou um míssil balístico da classe ICBM em direção ao leste. Ele voou por aproximadamente 66 minutos", declarou Matsuno a repórteres. Ele disse que o projétil percorreu uma distância de cerca de 900 km, parecendo ter caído às 18h27 (horário japonês).

As tensões militares aumentaram na península coreana em 2022, quando Pyongyang chamou seu status de potência nuclear de "irreversível" e conduziu uma série recorde de testes de armas.

Em resposta ao seu vizinho do norte, Seul realizou manobras militares conjuntas com os Estados Unidos, seu principal aliado de segurança, como um meio de convencer a opinião pública sul-coreana do compromisso americano de dissuadir Pyongyang de qualquer ataque.

Armas nucleares

O disparo deste sábado, o primeiro em sete semanas, ocorre no momento em que os dois aliados se preparam para um exercício de simulação, a ser realizado na próxima semana em Washington, para discutir medidas a serem tomadas em caso de uso de armas nucleares pela Coreia do Norte.

Este exercício se concentrará no "planejamento conjunto, gestão conjunta e resposta conjunta com os meios nucleares de Washington" no caso de um ataque a Pyongyang com armas atômicas, revelou um funcionário do ministério na sexta-feira (17).

A Coreia do Norte ameaçou na sexta-feira reagir com força "sem precedentes" às próximas manobras dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, vendo essas manobras como preparativos para um conflito armado.

Se Washington e Seul realizarem esses exercícios, "enfrentarão contramedidas fortes e sem precedentes (...)", disse um porta-voz da diplomacia de Pyongyang em um comunicado.

“Inimigo”

O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, que assumiu o cargo em maio de 2022 prometendo ser duro com o governo de Kim Jong-un, intensificou drasticamente os exercícios militares com os Estados Unidos, que foram bastante reduzidos durante a guerra, a pandemia, e interrompidos durante manobras diplomáticas malsucedidas no mandato de seu predecessor Moon Jae-in.

Seul chamou Pyongyang de "inimigo" em um documento de defesa na quinta-feira (16), um termo usado pela primeira vez em seis anos, sinalizando um endurecimento adicional de sua posição em relação à Coreia do Norte.

(Com informações da AFP)

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