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Apesar de sanções, Coreia do Norte lança dois novos mísseis balísticos

A Coreia do Norte lançou, nesta sexta-feira (23), dois mísseis balísticos de curto alcance. Embora o país enfrente sanções internacionais por seus programas de armas e nuclear, Pyongyang realizou este ano um número recorde de testes armamentistas.

Norte-coreanos observam na TV o  lançamento de dois novos mísseis por Pyongyang, nesta sexta-feira (23)
Norte-coreanos observam na TV o lançamento de dois novos mísseis por Pyongyang, nesta sexta-feira (23) AFP - JUNG YEON-JE
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"Nossos militares detectaram dois mísseis balísticos de curto alcance lançados pela Coreia do Norte no Mar do Leste a partir da área de Sunan, em Pyongyang, por volta das 16H32 (4H32 de Brasília)", afirmou o Estado-Maior da Coreia do Sul, em um comunicado, em referência ao Mar do Japão.

Os dois mísseis voaram 250 km e 350 km, respectivamente, antes de caírem no Mar do Leste, segundo o texto."Nosso exército mantém uma postura de plena disponibilidade, coopera de perto com os Estados Unidos e reforça a vigilância", diz a nota.

O Japão confirmou o lançamento a partir de Pyongyang. O porta-voz do governo japonês, Hirokazu Matsuno, considerou as últimas provocações da Coreia do Norte "absolutamente inaceitáveis".

Os lançamentos acontecem após um ano de diversos testes de armas pela da Coreia do Norte, incluindo o disparo, em novembro, do míssil balístico intercontinental (ICBM) mais avançado do país. A irmã do líder Kim Jong Un, Kim Yo-jong, afirmou nesta semana que a Coreia do Norte desenvolveu uma tecnologia para obter imagens do espaço com um satélite-espião.

Os Estados Unidos e a Coreia do Sul alertam há meses que a Coreia do Norte prepara seu sétimo teste nuclear.

Os dois países organizaram, na terça-feira (20), um exercício aéreo conjunto e mobilizaram um bombardeiro estratégico americano B-52H na península da Coreia, segundo um comunicado do Estado-Maior. O bombardeiro pesado de longo alcance participou de um exercício com os aviões militares mais avançados dos EUA e da Coreia do Sul, os caças F-22 e F-35.

A Coreia do Norte disparou vários mísseis balísticos neste ano.
A Coreia do Norte disparou vários mísseis balísticos neste ano. REUTERS - ISSEI KATO

Recorde de testes   

O lançamento desta sexta-feira aconteceu poucas horas depois de a Casa Branca denunciar a Coreia do Norte por fornecer armas ao grupo militar privado russo Wagner.

O grupo é administrado por Yevgeny Prigozhin, um empresário conhecido como o "cozinheiro de Putin", que foi durante algum tempo um dos principais fornecedores de alimentos da cozinha do Kremlin.

Em uma declaração da agência estatal de notícias KCNA, o ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte negou qualquer negociação de armas com a Rússia e afirmou que a história foi inventada.

Embora a Coreia do Norte enfrente sanções internacionais por seus programas de armas e nuclear, Pyongyang realizou um número recorde de testes armamentistas este ano, incluindo o lançamento de seu ICBM (míssil balístico intercontinental) mais desenvolvido até o momento.

Todos os ICBMs conhecidos do país até agora utilizam combustível líquido. O dirigente norte-coreano afirmou, no ano passado, que deseja ter um míssil de combustível sólido que possa ser lançado a partir da terra ou de um submarino.

Os foguetes de combustível líquido são difíceis de operar e exigem mais tempo de preparação para a decolagem, o que os torna mais lentos e mais fáceis de detectar e destruir pelo inimigo. Kim Jong Un anunciou a intenção de ter a força nuclear mais poderosa do mundo e classificou a condição da Coreia do Norte de potência nuclear como "irreversível".

O país enfrenta desde 2006 várias sanções do Conselho de Segurança da ONU por suas atividades nucleares e balísticas.

(Com informações da AFP)

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