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Em liberdade, traficante de armas russo Viktor Bout diz "apoiar totalmente" ofensiva na Ucrânia

O traficante de armas russo Viktor Bout, libertado em uma troca com Washington pela jogadora de basquete americana Brittney Griner, prometeu seu apoio a Vladimir Putin e à ofensiva na Ucrânia.

Captura de tela do canal russo RU-24 mostra Viktor Bout embarcando em um avião russo, após uma troca de prisioneiros pela jogadora de basquete americana Brittney Griner, no aeroporto de Abu Dhabi.
Captura de tela do canal russo RU-24 mostra Viktor Bout embarcando em um avião russo, após uma troca de prisioneiros pela jogadora de basquete americana Brittney Griner, no aeroporto de Abu Dhabi. AP
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Em entrevista à mídia russa RT, neste sábado (10), ele confirmou que "sempre" teve um retrato do presidente russo, Vladimir Putin, em sua cela durante sua detenção nos Estados Unidos, onde foi condenado a 25 anos de prisão após ser preso em 2008 na Tailândia.

"Tenho orgulho de ser russo e nosso presidente é Putin", declarou ele. O ex-oficial do exército soviético de 55 anos também disse que apoia "totalmente" o ataque do Kremlin na Ucrânia.

"Se eu tivesse a oportunidade e as habilidades necessárias, eu me voluntariaria [para lutar na Ucrânia]", afirmou ele, dizendo que "não entendia" por que a ofensiva massiva de Moscou não ocorreu em 2014.

Bout também se apresentou, novamente, como um empresário que trabalhava legalmente, mas que serviu de "exemplo" para obrigar outros russos a aceitarem acordos com Washington, o que ele diz ter se recusado a fazer.

Talibã, drogas e LGBTQ+

Ele também negou ter vendido armas aos talibãs, conforme o acusaram artigos da imprensa americana. "O Talibã colocou minha cabeça a prêmio. Então, como posso dizer que colaborei com eles? Não faz sentido", ele comentou.

Por fim, Viktor Bout acusou o Ocidente de encorajar "um suicídio da civilização" com "drogas, LGBTQ+".

Nascido, de acordo com um relatório das Nações Unidas, em 1967, em Dushanbe, capital da ex-república soviética do Tajiquistão, Viktor Bout estudou no Instituto Militar de Línguas Estrangeiras de Moscou, antes de entrar para a aeronáutica.

Ele conseguiu, a partir de 1991 e da queda da União Soviética, afirmam seus acusadores, adquirir a baixo preço uma quantidade de armamentos em bases militares da ex-URSS, então em pleno caos, e revendê-las em diversas zonas de conflito, em especial na África. Suas possíveis ligações com os serviços russos não são conhecidas.

(Com informações da AFP)

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