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França: Macron se reúne com ativistas iranianas e elogia sua “revolução”

O presidente francês, Emmanuel Macron, se encontrou nesta sexta-feira (11) com uma delegação de ativistas de direitos iranianos exiladas, saudando o movimento de protesto liderado por mulheres no país como uma "revolução".

O presidente francês, Emmanuel Macron, e a ativista iraniana Masih Alinejad, em Paris, 11 de novembro de 2022.
O presidente francês, Emmanuel Macron, e a ativista iraniana Masih Alinejad, em Paris, 11 de novembro de 2022. © Masih Alinejad
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Por Michael Fitzpatrick, da RFI

O Irã tem sido abalado há semanas por protestos desencadeados pela morte sob custódia policial de Mahsa Amini, presa por uma suposta violação do código de vestimenta da república islâmica. O movimento de protesto se transformou no maior desafio para o regime clerical desde a revolução.

"Recebemos com grande honra e prazer uma delegação de mulheres iranianas", declarou Macron em uma sessão no Fórum da Paz de Paris, uma conferência anual realizada na capital francesa, depois de se encontrar com as ativistas no Palácio do Eliseu. "Quero enfatizar nosso respeito e nossa admiração no contexto da revolução que estão liderando", acrescentou o chefe de Estado francês.

A delegação incluiu a ativista Masih Alinejad, exilada nos Estados Unidos, além de Shima Babaei, que fez campanha por justiça para seu pai que desapareceu no Irã, e ainda Ladan Boroumand, cofundadora de um grupo de direitos humanos com sede em Washington.

No mês passado, Macron declarou que a França apoia os manifestantes no Irã e expressou sua admiração pelos protestos, condenando o que chamou de "repressão" das autoridades. O Ministério das Relações Exteriores iraniano respondeu que seus comentários foram "intrometidos" e serviram para encorajar "pessoas violentas e infratores da lei".

Macron "apertou a mão do presidente assassino do Irã"

Manifestantes que tomaram as ruas da capital francesa em apoio aos protestos no Irã também criticaram o governo francês e pediram a Paris que corte relações diplomáticas com Teerã. Alguns criticaram fortemente a decisão de Macron de se encontrar com o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, à margem da Assembleia Geral da ONU em setembro, enquanto ele tentava retomar o acordo de 2015 sobre o programa nuclear iraniano.

Macron "apertou a mão do presidente assassino do Irã", tuitou a influente Alinejad na época, denunciando também o fato de a polícia ter usado gás lacrimogêneo contra manifestantes em Paris.

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