Putin acompanha exercícios militares conjuntos com China, Síria, Índia e países vizinhos
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, viajou nesta terça-feira (6) ao extremo leste do país para acompanhar a parte final dos exercícios militares com a participação de vários países aliados, incluindo a China, informou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. Amanhã, o líder russo participa do Fórum Econômico do Leste, em Vladivostok.
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Putin chegou à base militar de Sergueievski, onde estava reunido com o ministro da Defesa Serguei Shoigu e o comandante do Estado-Maior, Valeri Guerassimov, informou Peskov.
Após a reunião, Putin observaria "a fase final dos exercícios", disse o porta-voz.
As manobras militares denominadas Vostok-2022 começaram no dia 1° de setembro e prosseguirão até quarta-feira (7), em vários campos de treinamento do extremo leste russo e no mar da região.
Moscou informou que mais de 50.000 soldados e mais de 5.000 equipamentos militares, incluindo 140 aviões e 60 navios, participam das manobras.
Entre os países participantes estão vários Estados com fronteira com a Rússia, além da Síria, Índia e da aliada crucial China.
A Rússia havia organizado exercícios do tipo pela última vez em 2018.
Fórum econômico
A visita de Putin ao Extremo Oriente continuará na quarta-feira na cidade portuária de Vladivostok, onde ele deve discursar no Fórum Econômico do Leste.
Mais de 5.000 pessoas participarão do fórum de quatro dias que começou na segunda-feira com uma grande delegação da China, segundo o Kremlin.
Pequim e Moscou se aproximaram nos últimos anos, fortalecendo a cooperação como parte do que chamam de relacionamento "sem barreiras", no qual se veem como um contrapeso à hegemonia global dos Estados Unidos.
A China se recusou a condenar a campanha militar da Rússia na Ucrânia e criticou as sanções ocidentais e a venda de armas para Kiev, que prejudicaram as relações de Pequim com o Ocidente.
As tensões aumentaram durante a visita em agosto da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan, a ilha de governo autônomo que a China considera parte de seu território.
No fórum econômico, Putin planeja se reunir com o chefe da junta militar de Mianmar, Min Aug Hlaing.
Rússia e China foram acusadas de armar a junta birmanesa com armas usadas para atacar civis desde o golpe de Estado do ano passado.
(com informações da AFP)
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