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Coreia do Norte diz ter “curado” todos os seus pacientes de Covid-19

Um país que se orgulhava de não ter pacientes de Covid-19. Este foi, por muito tempo, o discurso da Coreia do Norte, que, de acordo com sua agência de notícias KCNA, conseguiu evitar a princípio a epidemia de coronavírus em seu território. Depois do que foi anunciado como um primeiro registro, no último 12 de maio, os casos logo se multiplicaram. Mas as autoridades agora afirmam que nenhum novo "paciente febril" foi relatado por uma semana e que todos que foram infectados já estão curados.

O líder norte-coreano Kim Jong-un durante uma visita à província de Hanyong South, em 14 de outubro de 2020.
O líder norte-coreano Kim Jong-un durante uma visita à província de Hanyong South, em 14 de outubro de 2020. KCNA VIA KNS / AFP
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Louis Palligiano, correspondente da RFI em Seul

Depois de garantir não ter sido afetada pelo coronavírus por mais de dois anos, Pyongyang agora afirma estar praticamente fora de perigo. Apenas três dias depois de um primeiro caso confirmado, a Coreia do Norte já somava 393 mil novas infecções por dia, chegando a 4,8 milhões de casos hoje.

Mas na manhã deste sábado, às 6h locais, a Agência Central de Notícias da Coreia do Norte informava que "nenhum caso de febre ligada à Covid-19" foi confirmado no dia anterior pelo 8º dia consecutivo. A mídia estatal também destacou que “todos os que receberam tratamento se recuperaram”.

Ao anunciar um reforço do controle e na gestão das medidas preventivas, as autoridades norte-coreanas estimaram, no início desta semana, que “a fase terminal” do vírus começou.

Ainda que estas informações oficiais devam ser recebidas com cautela – o regime, por exemplo, declarou apenas 74 mortes por Covid-19 com uma taxa de mortalidade muito inferior à do seu vizinho sul-coreano, dotado de um sistema de saúde eficaz e uma alta taxa de vacinação – a epidemia parece bastante controlada no país.

De fato, não há sinais de controles mais rígidos de fronteira ou mesmo algum pedido oficial de ajuda a Pequim. O país de Kim Jong-un, no entanto, permanece em alerta e anunciou na manhã deste sábado investigar seis novos “casos suspeitos”.

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