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Israel realiza grande operação militar na Cisjordânia ocupada após ataques com mortes

As forças de segurança israelenses mataram neste domingo (10) uma mulher palestina que esfaqueou um policial no centro de Hebron, uma grande cidade no sul da Cisjordânia ocupada, informou um porta-voz da polícia. O incidente ocorre quando as forças israelenses realizam uma operação no norte do território palestino, após um ataque que deixou três mortos em Tel Aviv na noite de quinta-feira (7), realizado por um palestino do campo de refugiados de Jenin.

Exército israelense invade o campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia. Em 9 de abril de 2022.
Exército israelense invade o campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia. Em 9 de abril de 2022. © JAAFAR ASHTIYEH/AFP
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Uma mulher palestina "veio a um posto de controle da polícia de fronteira para esfaquear um oficial", que ficou "levemente ferido", relatou a unidade policial em uma breve mensagem à imprensa. Questionado pela AFP, o porta-voz da polícia de fronteira, Tamir Pero, disse que a agressora foi baleada.

Uma outra palestina foi morta por soldados israelenses no sul da Cisjordânia ocupada neste domingo, informou o Ministério da Saúde palestino. A vítima é uma viúva, de 40 anos e mãe de seis filhos, de acordo com a agência de notícias Wafa.

O ministério palestino informou que a mulher, Ghada Sabatine, não resistiu aos ferimentos após ser baleada por soldados israelenses perto de Husan. O exército israelense confirmou a abertura de fogo contra a "parte inferior do corpo" da mulher, dizendo que ela estava indo “de maneira suspeita” em direção aos soldados, apesar de "tiros de advertência" para dissuadi-la. O exército israelense anunciou que havia iniciado uma investigação sobre este caso.

Estes episódios acontecem no momento em que o exército israelense realiza uma nova grande operação no setor de Jenin, um reduto das facções palestinas armadas de onde se originam os autores dos recentes ataques mortais em Tel Aviv.

"As forças armadas israelenses estão atualmente realizando uma operação na cidade de Jenin", informou o exército, também implantado em outras áreas da Cisjordânia, território palestino ocupado desde 1967 por Israel.

O Ministério da Saúde palestino relatou dez feridos palestinos, incluindo três em Jenin e quatro em Tulkarem, e o clube dos prisioneiros palestinos registrou 24 prisões por forças israelenses.

"Ato de vandalismo"

Neste domingo, as autoridades israelenses denunciaram um “ato de vandalismo” no suposto túmulo de Joseph, filho do Patriarca Jacob, na cidade palestina de Nablus, na Cisjordânia, um local de peregrinação judaica.

O exército israelense e a polícia de fronteira invadiram neste sábado (9) o campo de refugiados de Jenin, que fica ao lado da cidade de mesmo nome, resultando em intensas trocas de tiros, matando um palestino de 25 anos, membro da Jihad Islâmica, principal movimento armado islamista palestino depois do Hamas.

Neste sábado, Israel anunciou uma série de medidas para apertar o cerco na área de Jenin, incluindo o fechamento de passagens israelenses para a cidade, limitando os acessos e intensificando as verificações de segurança no local.

"Faremos o que for preciso, pelo tempo que for necessário, para restaurar a segurança", afirmou o chefe do Exército israelense Aviv Kochavi a soldados na Cisjordânia, de acordo com o relatório.

Desde 22 de março, Israel fregistrou quatro ataques, os dois primeiros atribuídos a árabes israelenses ligados à organização jihadista Estado Islâmico (EI) e os dois últimos por palestinos da região de Jenin, reduto histórico das facções palestinas armadas.

Esses ataques deixaram um total de 14 mortos em Israel. E de acordo com uma contagem da AFP, dez palestinos, incluindo os agressores, foram mortos desde 22 de março.

(Com AFP)

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