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ONU faz pedido recorde de ajuda humanitária de US$ 5 bi para Afeganistão

É a maior ajuda humanitária da história solicitada para um único país. A ONU pediu nesta terça-feira (11) mais de US$ 5 bilhões, ou cerca de R$ 29 bilhões, para apoiar o Afeganistão em 2022. Seis meses após a tomada do poder pelos talibãs, mais da metade da população do país está à beira da crise alimentar.

No Afeganistão, 23 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária urgente. Imagem ilustrativa de uma menina na cidade de Herat, em 27 de novembro de 2021.
No Afeganistão, 23 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária urgente. Imagem ilustrativa de uma menina na cidade de Herat, em 27 de novembro de 2021. AP - Petros Giannakouris
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Com informações do correspondente da RFI em Genebra, Jérémie Lanche

As Nações Unidas pedem para a comunidade internacional evitar uma “catástrofe”. A ONU promete que as verbas destinadas ao Afeganistão não irão cair nas mãos do regime islâmico.

Mais de 23 milhões de afegãos precisam de ajuda humanitária. Entre eles, 9 milhões de deslocados e 1 milhão de crianças poderiam morrer de fome se nada for feito. "Se o país desmoronar, veremos uma crise migratória muito mais grave que a atual" alerta o Alto Comissário para Refugiados da organização, Filippo Grandi.

O vice-secretário-geral da ONU, Martin Griffiths, conclama os Estados a não dar as costas aos afegãos. “Temos que levar comida às famílias, fornecer grãos aos agricultores para que eles possam plantar e colher, e viabilizar os serviços de saúde em todo o país. Diante da nova realidade política, temos que proteger todas as pessoas que desejam entrar no Afeganistão", estima Griffiths.

Resolução do Conselho de Segurança

A nova realidade afegã é, claro, resultado da política imposta pelo Talibã. A situação levanta questões para os trabalhadores humanitários, principalmente em relação ao acesso à saúde e à educação de mulheres. No mês passado, o Conselho de Segurança votou uma resolução que permite o envio de ajuda, sem a participação ou benefício dos novos governantes.

As verbas recolhidas serão utilizadas para pagar funcionários públicos, principalmente professores e profissionais da saúde que não recebem seus salários desde a queda de Cabul, em agosto de 2021.

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