Máscaras do futuro e metaverso são destaques em uma das principais feiras de tecnologia do mundo
A feira tecnológica Consumer Electronics Show (CES), uma das maiores do mundo no ramo, começou nesta quarta-feira (5) em Las Vegas, nos Estados Unidos, apesar do surto casos de Covid-19. O evento foi mantido mesmo se gigantes do setor, como Amazon e Google, cancelaram sua participação. Algumas empresas aproveitaram a ocasião para expor invenções pensadas para lutar contra a pandemia.
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Os organizadores insistiram na exigência de vacinação e no uso de máscara de proteção para defender a realização da feira, na qual participam jornalistas, empresários e amantes da tecnologia.
"Apesar de alguns cancelamentos altamente divulgados entre nossos expositores, temos mais de 2.200 expositores aqui na CES 2022 e todos eles contam conosco para avançar", declarou Steve Koenig, vice-presidente do grupo encarregado da convenção. "Por que? Bom, porque essas empresas buscam investidores, buscam sócios, buscam fazer negócios", explicou.
Alguns especialistas em saúde alertaram que muitas pessoas poderiam ignorar a ordem de usar máscara, mas apontaram que os testes diários de Covid-19 ajudarão a conter a propagação do vírus. Mesmo assim, o evento terminará na sexta-feira (7), um dia antes do previsto, e seu tamanho foi reduzido fortemente. Na última edição presencial, em 2020, antes dos fechamentos pelo coronavírus nos Estados Unidos, 4.500 expositores participaram do evento.
A feira acontece em formato híbrido, presencial e online, graças a um software desenvolvido pela empresa de tecnologia europeia Web Summit. Apesar do menor número de participantes, o evento terá empresas oferecendo de tudo, desde dispositivos peculiares até tecnologia voltada para as grandes preocupações da humanidade.
Um dos principais temas da oferta é o transporte, cada vez mais elétrico e autônomo. As tecnologias espaciais também têm uma presença forte, após um ano que viu um interesse crescente no turismo espacial e o desenvolvimento da internet por satélite.
Além disso, como já era esperado, o metaverso está na mente de todos, embora sua definição ainda não esteja tão nítida neste momento. O conceito se refere à emergência de um mundo onde o digital e o real se unem, o qual os humanos poderão acessar mediante equipamento de realidade virtual e aumentada.
Invenções para enfrentar pandemia
Algumas empresas também aproveitaram o contexto sanitário para apresentar invenções criadas para se proteger das bactérias. É o caso da startup francesa Airxôm, que expõe em Las Vegas um protótipo de máscara que, segundo seus inventores, é capaz de destruir partículas finas e materiais orgânicos, como o vírus SARS-CoV-2.
O objeto, com ares de acessório de filme de ficção científica, é conectado a uma caixa que carrega um filtro. “É uma ferramenta fantástica para lutar contra a crise da Covid, pois com essa máscara você não vai mais precisar de uma quarta, quinta ou sexta dose de vacina”, promete o cofundador da Airxôm, Franck Glaizal.
Segundo Trong Dai Nguyen, engenheiro que trabalhou no projeto, o equipamento é eficaz pois, ao contrário das máscaras tradicionais, que “não são isoladas a 100% e que deixam o ar passar pelas laterais”, sua invenção “isola totalmente e é confortável”. O produto, que deve ser comercializado ainda este ano, será vendido por “cerca de € 300 euros”.
Outra empresa francesa tenta emplacar em Las Vegas com um sistema de ventilação que se adapta às máscaras de proteção. O Aeronest, um micro ventilador alimentado por uma bateria promete, segundo seu inventor Eric Fouchard, “respirar normalmente” e impedir que os óculos fiquem embaçados.
(Com informações da AFP)
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