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Um ano após sua morte, chineses prestam homenagem a médico que alertou sobre Covid

Um ano após sua morte devido à complicações causadas pela Covid-19, os internautas chineses não se esqueceram do Dr. Li Wenliang. Milhares deles prestaram homenagem neste sábado (6) ao médico punido pelas autoridades da China por ter alertado a população para o surgimento da nova "pneumonia viral" em Wuhan, antes de ser reabilitado por Pequim.

O médico de Wuhan, Li Wenliang, denunciou o misterioso novo coronavírus em dezembro de 2019 e morreu em fevereiro de 2020 após contrair o vírus de um paciente.
O médico de Wuhan, Li Wenliang, denunciou o misterioso novo coronavírus em dezembro de 2019 e morreu em fevereiro de 2020 após contrair o vírus de um paciente. Li WENLIANG Social Media/AFP/File
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Stéphane Lagarde, correspondente da RFI em Pequim

Uma chuva de emojis e velas virtuais apareceram na conta do Dr. Li Wenliang na plataforma Weibo neste sábado (6). Se os chineses e, em particular, os wuhaneses, pretendem virar a página do coronavírus, eles não estão dispostos a esquecer aquele que foi um dos primeiros a alertar sobre os perigos da pneumonia viral descrita como "boato" pelas autoridades chinesas no início da pandemia.

A morte de Li Wenliang em 7 de fevereiro, um ano atrás, gerou um tsunami de raiva e tristeza em todo o país. Desde então reabilitado por Pequim, o jovem oftalmologista morto aos 34 anos da Covid-19 ainda não tem um memorial, por isso é nas redes sociais que os chineses se expressam.

Muitas vezes em testemunhos pessoais, como aqueles dirigidos a um "amigo": “Olá doutor Li, feliz Ano Novo Lunar". "Como está, doutor Li? Estou me inscrevendo em universidades médicas, conto com seu apoio". Ou: "Achei que todo mundo iria esquecer você, me enganei, você viverá nos corações dos chineses para sempre", dizem algumas das mensagens.

Uma memória afetiva mantida em particular pelos advogados de Direitos Humanos na China, que, no fim de janeiro de 2021, convocaram os chineses a sempre se expressarem livremente em defesa da verdade, como Li Wenliang teve a coragem de fazer, no início da pandemia.

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